Capítulo 33

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MATT ON

Já se passaram três dias, e por mais triste que seja tenho que admitir que a frustração  só aumenta com o passar do tempo, três dias podem parecer bem pouco, mas não é quando se está passando por um momento difícil...
Nesses momentos os sentimentos mais terríveis, os mais assustadores, dominam a nossa mente, eles passam levando com eles todo e qualquer resquício de felicidade, mas por sorte hà uma coisa muito significante que permanece, por mais resistentes que sejam as coisas ruins, ela nunca vai embora, essa coisa se chama esperança, essa é resistente, é renovadora, e eu juro que estou tentando me agarrar com todas as forças nisso, na esperança de que talvez em horas ou até mesmo minutos vou poder ver a linda cor dos olhos de Lia brilharem para mim novamente, de poder conversar, rir com ela...

- Matt... Matt! - sou tirado a força dos meus devaneios.

- Oi?! - me deparo com meu irmão a minha frente.

- Oi, fiquei sabendo o que aconteceu e vim o mais rápido que pude, como ela está? - ele fala bem cabisbaixo, e eu o entendo, sei que eles são bons amigos e imagino que ele também deve estar sofrendo...

- Está estável, está recebendo os medicamentos que precisa e nós estamos no aguardo, esperando ansiosos por ela acordar. - falo com facilidade, tenho repetido tanto essa frase esses dias que ja está igual a mensagem gravada.

- E quem foi o idiota que fez isso?! - ele fala visivelmente irritado.

- Nós não sabemos ainda, já deixamos os detetives e os policias encarregados dessa tarefa, por enquanto só temos a certeza de que o acidente foi proposital, mas graças à câmera de segurança da rua em breve saberemos mais e esse desgraçado, seja lá quem for, vai pagar!

- Nossa, que raiva! Queria eu mesmo fazer justiça por ela, usando minhas próprias mãos! - bom, nesse momento é bem perceptível que a raiva de meu irmão passa dos limites e é claro que eu não posso deixar ele cometer nenhuma burrice.

- Bernardo, você é maluco por acaso?! Perdeu a cabeça, essa pessoa pode ser perigosa, pode ser qualquer um ao nosso redor, deixe que o que é dele está guardado e ele vai pagar bem caro pelo que fez, mas não faça nenhuma besteira, pelo amor de Deus,  pode te acontecer alguma coisa e nós dois precisamos estar aqui pra ela quando ela acordar!

Ele começou a andar inquieto de um lado para o outro no quarto do hospital, até recebermos a visita de uma enfermeira no quarto...

- Senhor Matt, há um policial esperando por você na recepção.

- Bem na hora! - diz o Matt que já pega a sua jaqueta e me puxa com pressa para fora do quarto.

- Bom dia senhores, eu vim aqui para lhes informar algumas coisas sobre o acidente de Lia.

- E o que você está esperando, nos fale. - diz Matt impaciente.

- Matt, se acalme e deixe o homem falar! - o cutuco. - Prossiga por favor senhor.

- Então, como eu havia dito, anteriormente. - Ele coloca as mãos nos bolsos da calça. - Vim aqui lhes dar algumas informações sobre o acidente, nós ja duscubrimos quem foi, através das cameras de segurança das ruas nós conseguimos identificar a pessoa, ela se chama Natália, é uma mulher de tamanho médio, loira... Vocês sabem dizer se ela e a Lia tinham alguma briga mal resolvida, elas não se gostavam? Estamos tentando descobrir o porque dessa mulher ter feito isso, e também estamos atrás dela, ela deu um sumiço, procuramos por toda a cidade e ela não está em nenhum lugar, eu vou mostrar para vocês algumas fotos para ver se vocês reconhecem. - ele fala como se não nos conhececemos, mas infelizmente a verdade era outra, eu a conhecia, e muito bem...

- Não precisa de fotos... - falo ainda boquiaberto, não acredito que ela chegou a tal ponto de mediocridade.

- Senhor é necessário. - ele me interrompe antes mesmo de eu terminar de falar.

- Não, não precisa, eu conheço a Natália. - falo me sentando nos bancos que tinham ao nosso lado. - Eu a namorei por um tempo. - falo um tanto quanto envergonhado.

- Você a conhece?! - ele para em minha frente igual a um poste.

- Sim! - falo apático, foi assim que fiquei depois dessa notícia, completamente sem reação, além da raiva é claro, só não era essa a Natália que eu conhecia, não imaginei que ela poderia chegar a tanto.

- Então será muito mais fácil. - ele fala tirando uma caneta do bolso, pegando uma folha de sua prancheta e então me dá a mesma com algumas coisas escritas como nome, telefone...

- Se você conseguir nos dar essas informações aí sobre a Natália, iria nos ajudar muito.

- Pode deixar, que farei meu melhor.

- Eu peguei a folha e respondi cada pergunta que tinha naquela folha, afim de dar a Natália o fim que ela merece, um fim que a faça pagar por tudo que ela fez, pelas mentiras que contou, pelo mal que causou a Lia...
Eu podia desejar a ela a morte, mas acho que seria injusto, penso que ela deve sofrer assim como cada pessoas atingida pelos seus atos está sofrendo agora, ela merece ficar em uma cadeia presa, sozinha, isolada, pra ver se pensa um pouco....

- Está pronto senhor, muito obrigado! - entrego a folha a ele.

- Obrigado, assim que a encontramos, entramos em contato com vocês novamente. Tenham um bom dia!

- Igualmente.

Assim que o policial foi embora eu e Bernardo tomamos um café para espantar a dor de cabeça...
O dia se passou lentamente deixando com ele ainda mais inquietação e ansiedade, meus dias têm sido assim, passo noites em claro, só para a observar, fico a esperando acordar pois sei que será em breve, mas enquanto isso não acontece, eu fico aqui cuidando dela, e não saio daqui a não ser com ela, custe o que custar.

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Capítulo novo, espero que vocês gostem do capítulo, comentem e votem muitoo!!
Boa Leitura!
Bjos

AconteceuWhere stories live. Discover now