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dia 2

Na manhã seguinte, James o encontra na sala de jantar, sentado a uma mesa sozinho e balançando cabeça exausta ao ritmo da música que está sendo repetida desde as duas e meia daquela manhã. Ele tinha se assustado ao acordar, com a necessidade ardente de fazer xixi e também para ouvir Sign of The Times. Nenhuma das vontades poderiam esperar, então ele pegou seu telefone no caminho para o banheiro e já tinha comprado o single de Harry quando terminou de limpar tudo.

James estreita os olhos para Louis e depois para o relógio ao redor de seu pulso, apenas para franzir a testa para seu amigo. "Louis, são apenas sete horas. O que diabos você já está fazendo?" James volta-se para evitar a mão estendida de Louis quando ele o afasta.

"Você está falando na parte boa. Eu não consigo ouvir." Diz Louis, aumentando o volume em vão, porque já estava em plena explosão.

"A parte boa...do que, exatamente?"

Louis ignora sua pergunta alta, ao que a música sobe para o seu ponto alto. Louis balança para as letras poderosas, balbuciando junto da guitarra e com os tambores. Algumas palavras da canção - que é grande parte silenciosa - escapam de Louis e James estreita os olhos para ele pela segunda vez.

"Espere um minuto. Isso é...?"

Louis coloca uma mão em seu rosto para acalmá-lo novamente enquanto Harry grita através de seus fones de ouvido sobre como eles tem que fugir (we got to get away). Louis não sabe para onde eles têm que fugir ou porquê, mas ele sente que seu coração foi rasgado diretamente de seu peito quando James pega os alto-falantes de suas orelhas e seu telefone estava fora do aperto mortífero que ele sentia em torno dele.

"Você realmente comprou o single de Harry?" James parece estar tendo dificuldade em acreditar, mesmo que ele esteja segurando a evidência da compra que Louis fez durante a noite.

"É uma boa música."

"Você não tinha ideia de que existia até ontem à noite e agora você está conduzindo uma sinfonia mímica enquanto ouve?"

Louis repensa os acontecimentos das últimas 48 horas. Ele pode ver como seu amor recém-descoberto do hit de um ex-boybander pode ser confuso. Mas que diferença faz o porquê de Louis, de repente, apreciar a música de Harry? "É uma música muito boa?" Ele tenta novamente, esperando que James o deixe escapar facilmente. Não é provável. Ele pôde sentir julgamento vindo junto com o sorriso de merda de James.

"Você gosta dele."

Louis cerra os olhos para o chefe porque ele acaba de atravessar um território perigoso.

"Eu não gosto."

Isso só faz o sorriso de James crescer.

"Você gosta dele, Lou. Vocês dois se deram bem ontem, não foi? Você se entendeu com ele. Um ex-boybander. Um popstar."

"Oh, cale a boca. Eu não gosto dele. Claramente, eu gosto dessa música estúpida." Explica Louis. Recusando-se a olhar para o rosto presunçoso de James por mais tempo, enquanto ele se levanta para pegar de volta o telefone.

James não diz nada. Ele apenas sorri, o grande e gordo "Eu te disse", esperando na ponta de sua estúpida língua.

"Estou saindo." Ele anuncia.

"Ok, Lou. Bem, não se esqueça de dizer ao nosso companheiro que eu disse oi quando ele chegar aqui."

"Tudo bem, foda-se. Ele não é meu companheiro."

Ele usa sapatos de leprechaun. Pelo amor de deus! Louis não pode ser amigo de alguém que é claramente insano.

"Certo. O que você disser." James ri.

Louis pisa fora da sala, e agora, no corredor, inicia-se a caça para um novo esconderijo onde um homem pode se sentar e ouvir a sua música em paz.

Ele encosta os alto-falantes em seus ouvidos antes de partir. Aperta o play para que comece a música novamente porque ele era multifuncional. Ele pode ouvir a canção perfeita e ainda andar ao mesmo maldito tempo.

...

Louis observa Harry beber metade de uma garrafa de água em dois goles e depois secar os lábios com as costas das mãos enormes dele, se perguntando como diabos este idiota que estava sorrindo para ele em uma camisa laranja bowling, é a mesma pessoa que inconscientemente escreveu e gravou o hino pessoal da vida de dele.

"Você está agindo de forma estranha novamente." Harry diz, assistindo Louis vê-lo da porta de seu camarim.

Louis fixa de sua postura atenta para uma mais descuidada, pois é o que as pessoas estão acostumadas a ver dele em vez de virar diretamente para Harry como um bom assistente. Jesus, ele está se transformando em um deles.

Ele precisa se controlar. O homem tem calças roxas penduradas em seu guarda-roupa, pelo amor de deus!

"Eu não estou. Você é estranho." Louis responde um pouco tarde demais, distraindo-se com o cabelo de Harry, enquanto ele distraidamente passa os dedos por ele.

Harry chegou no estúdio depois do meio-dia, então Louis teve toda a manhã para si mesmo. Harry teve a noite de segunda-feira toda para si mesmo, mas esta noite ele vai compartilhar os holofotes com Emma Stone para que ele tenha menos do show para preencher. Até agora, ensaiou a nova música que irá cantar hoje à noite com sua banda e se reuniu com James e os produtores novamente, para decidir o que eles vão fazer no show. Eles escolheram o jogo Flinch, que não exige que Harry faça muita coisa, exceto aparecer e ter comida sendo atirada em seu rosto direto de um canhão. Louis não acha que vai ficar decepcionado com o jogo, já que Harry estremece apenas por alguém abrir uma porta muito perto dele.

"Não." Harry decide depois de um tempo. "Você tem agido um pouco estranho. Você só disse quatro coisas rudes para mim hoje e fez apenas uma cara estranha. Perdemos nossa faísca."

"Oh, ela ainda existe!" Louis assegura-o, gesticulando para aquela confusão de roupas. "Você ainda está planejando usar metade dessa merda que você escolheu no guarda-roupa ontem?" Louis revira os olhos e Harry apenas responde com um sorriso cegante. "Viu? A faísca ainda está viva e muito bem." Murmura.

"Deus, estou morrendo de fome." Harry diz em voz alta quando para de rir da expressão séria de Louis.

"Bem, para sua sorte, há aproximadamente dez mil bananas nesta mesma sala. Isso é louco!"

Louis vê as sobrancelhas de Harry juntando e os músculos de sua mandíbula flexionam enquanto ele contempla, possivelmente, comer algumas delas.

"Hm... Eu acho que eu gostaria de ter uma salada em vez disso." Ele dá de ombros, já de pé. "Quer vir também? Ainda há cerca de vinte por cento de chance de eu me perder, nunca mais voltar."

Louis tem certeza de que as chances de Harry terminar em um armário de vassouras ou trancado dentro de uma sala de suprimentos, eram altos sessenta por cento e Louis estava sendo generoso. "Sim, tudo bem. Eu irei com você. Não me importo." Louis suspira, segurando a porta aberta para que eles saíssem.

Ele levanta uma sobrancelha quando Harry para na porta, com um sorriso que imediatamente coloca Louis nas beiradas. "O que?"

"Vê o que quero dizer? Você apenas concordou de bom grado ir à algum lugar comigo e nem se queixou. Você está agindo de um jeito estranho." Ele sorri, movendo levemente os ombros.

Há diferentes chamas por trás de seus olhos cor esmeralda, que Louis ainda não confia. Ele não pode confiar. Não quando apenas dois por cento das pessoas no planeta têm olhos como esse. É no mínimo suspeito, especialmente quando vem junto com covinhas, que é quase tão raro quanto. Quem diabos nasce com ambos?

"Você é estranho." Louis dispara de volta, ignorando o sorriso divertido de Harry e a maneira como as luzes fluorescentes acima deles só funcionam para fazê-lo parecer ainda mais sublime.

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continua...
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when it's late at night (portuguese version)Where stories live. Discover now