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Dia Quatro

O som de algo que bateu no chão com força, forçou os olhos de Louis a abrir para a luz baixa do vestiário de Harry, iluminado pelo brilho da televisão que ambos estavam distraídos demais para desligar.

Louis vê seu telefone deitado no chão, que era a fonte mais provável do som alto que o acordou. Ele tenta alcançar, mas não consegue obtê-lo por conta do aperto protetivo que Harry tem ao seu redor, ainda bem adormecido atrás dele.

Eles não queriam adormecer aqui juntos, ou pelo menos Louis não queria, mas era tão tarde e eles já estavam deitados mesmo. Eles apenas fecharam os olhos por alguns segundos. E pelo que Louis estava vendo no relógio pendurado na parede, se transformaram em horas. Eram três horas da manhã.

Harry faz um som de desagrado quando Louis o perturba, pegando o seu telefone do chão, apesar do aperto apertado. Ele se virou nos braços de Harry, colocando a luz brilhante de sua tela no rosto dele.

"São três e quinze." Ele anuncia, observando as características de Harry, que esfregava os olhos mal ajustados.

"Louis." Ele geme como se estivesse morrendo. "Porque você está fazendo isso? Pare com isso."

Ele bate cegamente no telefone, fazendo com que Louis bufe porque ele nem está perto de alcançá-lo. Mais ou menos, ele parece um gatinho irritado com uma mira ruim. Louis tem piedade dele depois que ele geme novamente. Ele soltou o telefone entre eles, ouvindo o suspiro aliviado que Harry solta, enquanto ele reúne Louis em seus braços, perdoando seus crimes.

"São três e quinze." Lembra Louis. "Nós devemos estar de volta aqui, em tipo, cinco horas". Ele diz isso muito mais tranquilo desta vez, não querendo incomodar a calma para qual voltaram. "Este sou eu tentando ser responsável por uma só vez. É um grande passo para mim."

Ele observa Harry abrir os olhos novamente para sorrir para ele, ao invés de pedir a Louis que ligue para um carro para que ambos possam voltar para casa, como tecnicamente deveriam ter feito horas atrás.

"Bem," Ele diz com sua voz sonolenta e pesada. "Este sou eu não me importando com que horas são." Seus braços se apertam em torno da cintura de Louis para puxá-lo mais perto até que seus corpos se toquem, seus narizes ficam levemente achatados e Harry pode capturar seus lábios com um arrastar lento, que deixa o coração de Louis balbuciando em seu peito. "E isso?" Harry sorri. "Este sou eu, o beijando às três horas da manhã e abraçando você porque eu não quero sair dessa sala." Ele sussurra contra seus lábios. "Está tudo bem por você?"

Louis engoliu forte, balançando a cabeça com a pergunta de Harry, enquanto o coração recupera seu ritmo natural.

Deitar mais um pouco ao lado de Harry está tudo bem, ele acha. Mais que bem.

*

Louis culpa a falta de sono de qualidade em uma cama de verdade e seu próprio pobre planejamento pela forma como ele está olhando para Harry, que está curvando-se e rindo ao lado de seu guarda-roupa, como se Louis não estivesse a dois segundos de lhe dar uma bofetada.

Inicialmente, Louis pensou que fôra doce quando Harry sugeriu que ficassem aqui na noite passada, em vez de voltarem, já que já era tão tarde. Claramente, os efeitos de Harry já haviam se instalado e assumido seu cérebro quando ele concordou, porque ele não pensou sobre o que aconteceria quando ambos acordassem nas mesmas roupas do dia anterior. Eles nem sequer têm pasta de dente.

when it's late at night (portuguese version)Where stories live. Discover now