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Por Fernanda.

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Vou começar me apresentando. Me chamo Fernanda ou Nanda, fique a vontade. Minha irmã geralmente me chama de Sapatour. Tenho meus dezessete anos, moro no Rio de Janeiro com meu pai, Carlos, e minha irmã, Cássia. Vivemos bem, em uma casa de tijolinhos, com um lindo jardim na frente. Não somos ricos e o que meu pai ganha como taxista, da pra sustetar nos três muito bem.
Muitas pessoas acham que necessitam de muito pra ser felizes. Mas nós somos muito felizes com o pouco que temos.
Eu sou muito grata.
E penso até que não conseguiria me misturar com gente metida a besta - como alguns dos amigos de Cássia.

Não que seja relevante, mas eu tenho a minha sexualidade liberada. Sou lésbica.

Eu namoro. Ela se chama, Ellen. Diferente de mim, a família dela possui bens, mas isso não é relevante. Ela é uma amor de pessoa, o único problema é que ela tem ciúmes até se a sombra dela encostar na minha. Mas eu à adoro muito.

- Fernanda? - papai se aproximou, tomando a minha atenção para si - A Ellen veio te procurar mais cedo.

Certo. Eu tinha ido ao lava-jato dar um trato na minha moto.

- Perguntou o que ela queria pai? - joguei as chaves em cima da mesinha de centro.

- Não. Ela bateu no portão, perguntou por você e quando eu disse que não estava, ela balançou a cabeça e caminhou de volta para o táxi.

- Depois eu ligo pra ela. - retirei o moleton, ficando apenas com uma camiseta.

Novamente a minha atenção foi tomada por ele quando o ouvi soltar um áspero e longo suspiro.

- O quê foi, coroa?

- Sua irmã, ela me tira do sério. - ele voltou-se para a televisão - Justo hoje que vamos viajar, sua irmã acha de sumir. - balançou a cabeça de um lado pro outro - Você viu ela por ai?

- Não pai, eu vim pela outra rua. Mas ela deve esta bem na casa de Biritas, do jeito que ela está afim dele...

- Ela deve tá bem louca se acha que vai namorar aquele Zé droguinha. - ele se levantou - Vou lá buscar ela.

Sorri.

- Se cuida.

- Você sabe que sempre me cuido.

Ele se foi. E por incrível que possa parecer, cinco minutos depois minha irmã apareceu. Pulou basicamente em cima de mim, me dando o maior susto. Olhei para trás mas nada do meu pai. Ela estava ofegante.

Resmunguei.

- Você me assustou, inferno. - esbravejei.

- Foi mal, Sapatour. - começou a rir - Eu vim correndo. O papai passou em frente a casa de Biritas me gritando. - balancei a cabeça em negação - E disse se eu não viesse pra casa, ele não me levaria pra viagem. - gargalhei - O negócio é que eu não quero viajar. Vai ter baile hoje e o crush convidou.

- Te sai de Biritas, quando a mulher dele souber desse chamego de vocês dois, não venha me pedir ajuda pra soltar ela dos seus cabelos.

- Você é maravilhosa como irmã. - ela cruzou os braços. - Eu não quero viajar pra conhecer os primos.

- Sinto muito, mas você não tem querer. - gargalhei um pouco mais - Ou você vai ou vai.. Aliás nenhuma de nós duas tem. - meus ombros se curvaram para baixo após me dar conta do que eu disse.

- Isso é uma merda - ela se jogou para trás e cruzou os braços, amassando os seios.

- Verdade. Não sei como ele não me obrigou a ir com vocês.

Eu Escolhi Te Amar | Girls Love ✅Where stories live. Discover now