CAPÍTULO TREZE

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Antes de irem ler o capítulo, apenas digo que espero que a personalidade do Isaiah não difira muito, pois passei mais de um mês sem pensar nele e não quero, de todo, perder a essência ao rapaz!

Portanto, espero que gostem e espero pelos vossos comentários :)

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13. As revelações, a ida ao céu e a vergonha do tamanho do universo.

ISAIAH CAMERON

     Santo domingo, que de santo não tem quase nada, apenas o momento em que fui à igreja, obrigado pelos meus pais crentes. Não devia ser pecado uma pessoa que não acredita nos ideais da igreja puder frequentá-la? Essas patetices de todos serem bem-vindos não me convencem nem um bocadinho, tendo em conta todas as injustiças que rondam esse meio mais que hipócrita. Já tive a ideia de ir comunicar com o padre para me proibir de entrar lá, porém tenho medo que ele me venha pregar as suas doutrinas – eu não possuo a mínima paciência para essas coisas. Ainda nem sei como não morri em nenhuma missa.

     Encerrando o meu lamento mais pessoal, anuncio outro, no entanto, coletivo: estou a estudar. A minha secretária de madeira está cheia de nada, praticamente. Pensavam que eu era daquelas pessoas que se afoga em papéis e mais papéis, não era? Enganei-vos. Tinha o meu manual de ciências políticas, que não era usado de forma frequente, aberto na biografia de Kennedy, o meu caderno para eventuais anotações da minha mente brilhante, e o meu computador com a cara de Nicholas e de Kia em grande plano, uma vez que estávamos em vídeo chamada de estudo com um consultório sentimental à mistura. A minha deusa já tinha mandado o Colton dar uma volta – não dessa forma que estão a pensar (infelizmente), era apenas uma pausa na duradoura troca de mensagens – e encontrava-se a estudar a teoria de química enquanto Nicholas fazia o mesmo que eu.

Isto é tão aborrecido! – Exclamou o rapaz, dando voz à chamada. Olhei para ele e vi-o a morder o topo da sua camisola vermelha, presumindo que aquilo estivesse realmente grave. – Mas porque é que o Kennedy tinha que ser assassinado? Será que temos que saber isso?

     Revirei os olhos. – Ninguém te vai perguntar como é que ele levou com um tiro na testa.

Não foi na testa. Eu li no wikipedia. – Disse ele triunfante, o que me fez erguer um certo dedo da minha mão, resultando num gesto ofensivo. A Kia abanou a cabeça em reprovação, mas nada disse. – Está bem, só tenho que saber a data. Não sou assim tão palerma.

– Deves adorar encarnar a personagem, então.

Estamos tão simpáticos hoje! – Apontou a minha melhor amiga que deixou cair o lápis segundos depois. – Ai, isto deve ser karma. – Lá foi ela apanhar o lápis.

Isaiah, nem contaste como foi o castigo. – Naquele momento, uma vontade súbita de mandar, realmente, um tiro à testa de Nicholas cresceu exponencialmente, vontade essa que transpareceu pela minha expressão facial visto que o rapaz, segundos depois, me tentou pedir desculpa por gestos.

TU O QUÊ? – Gritou a rapariga. – Isaiah, deves ter merda nessa cabeça!

– Calma aí, Kia. – Pedi. Quando ela começa com palavrões nas frases, nunca é bom sinal. – Foi a amiga da tua querida amiga que me chateou, e o professor Jackson levou por tabela... E eu também.

Vais começar a contar tudo direitinho, agora!

– Estás demasiado agressiva... – Analisei. – Esse tal Colton anda-te a fazer mal.

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