Capítulo VII - Por um amigo

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No outro dia pela manhã estávamos conversando na cantina, a mesa cheia de colegas, claro quem me importava tava na minha frete, todo o povo rindo....

Quando olho pro Léo sinto que ele tinha ficado sério, olhei para a mia que esboçou um sorriso, sinto uma sombra parar em cima de mim, já juntei os punhos e me virei, pronto para a briga, Carlos, Bruno quem era??

- Montanha, que foi cara? - Caraca era o Monte e o Bear não estavam com a cara muito boa. -

Eles ficaram me olhando muito sérios, eles fizeram a volta na mesa não conseguia entender nada.

- Bear ficou atrás do carinha que tava sentado do lado da Mia e o Montanha do cara que tava do lado do Léo. – Os caras já suavam frio.

- Chega pra lá, da espaço pra gente. - Os caras saíram correndo ninguém discutia com o montanha. Tá bom .....marrento isso, uns brutamontes colocando medo nas pessoas, eu sei, mas a gente é assim né fazer o que. -

E os dois sentaram, a mesa toda em silencio ninguém entendendo nada.

- Essa mesa é nossa. – fala o Montanha bem sério.

- É ta dominada, todo mudo comendo ai, pode continuar o papo...- O Bear que tava com os braços cruzados continuou comento como se nada estivesse acontecendo. 

Montanha olhou para mim e piscou o olho, eu tinha entendido, eles estavam ali por nossa causa, estavam ali pra mim pelo Léo...cara fiquei muito feliz gostava dos caras, olhei pro Léo ele tinha entendido também. A Mia tava com uma cara estranha um meio sorriso, será que ela tinha aprontado algo, ela e o Monte só se olharam.

A semanas passaram correndo, uma prova atrás da outra, o Léo como sempre me dando a maior força, a Mia e o Vitinho ajudando os guris dormíamos na casa um do outro, nada acontecia só uns cheiros no cangote, morria de vontade de ficar com ele mas não sabia o que fazer nem nada, nunca tinha ficado com um cara não sabia como falar com ele, afinal eu tinha fugido, na real tinha que dar um tempo. Finalmente terminou o massacre das provas, até agora não entendo porque todas as provas nas mesmas semanas, que gente fudida. -

Combinamos com a galera de ir num boteco que tinha perto de casa, fuleiro mesmo, mas a gurizada se amarrava, passei na casa do Léo à tardinha pra pegar ele, quando vi meu Léo fiquei alguns minutos parado admirando ele ...

Gente, como pode, camiseta vermelha, jeans escuro, bota preta, boné preto, e claro aquele relógio horroroso que a Mia deu pra ele, era grande demais ele não saia sem aquilo, eu precisava comprar outro pra ver se o Léo largava aquilo.....

Aquele boné preto fazia os olhos azuis dele brilharem mais ainda, senti que ele tava meio triste, não que ele dissesse alguma coisa, cara de sempre - linda pra caraleo - mas eu conhecia ele cara.

- Que tá pegando Léo??

- Nada não Toro – ele me olhou sabendo que eu não acreditava

- Fala!!

- Toro só umas coisas na cabeça, quando colocar as ideias no lugar te falo.

- Humm. - parei o carro, ele ficou com a cabeça baixa – 

- Olha Léo, fiz uma grande cagada contigo. – ele não queria me encarar – 

- E sei que te devo algumas explicações, mas quero que tu saiba de uma coisa e vou dizer na lata porque não sei fazer diferente...

Respirei fundo

- Nada Léo e tu me ouviu bem ... nada vai fazer eu sair to teu lado cara, tem umas paradas que eu to processando aqui comigo e quando tiver tudo certinho a gente vai falar, entendeu?

Desencontros - O outro lado do amorWhere stories live. Discover now