Capítulo XXVII - Final

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Capitulo XXVII - Final

Cara eu não ouvia aquela voz a muito tempo, meu pai, o que ele tava fazendo aqui, sai correndo da piscina, pronto pra briga, fiz sinal pros guris cuidarem do Léo, eles entenderam.

- E se eu for o que tu tem com isso?? – já cheguei colocando o dedo na cara dele -

- Sou teu pai !!! – Ele se assustou com a minha reação -

- Cacete que é, mas só rindo mesmo, que pai é esse, tu não é nada pra mim, nada na minha vida entendeu – o Monte tava me segurando –

Agora resolve depois de tantos anos aparecer e se dizer Pai, nem fudendo cara.

- Me respeita ou te arrebento guri.- me deu um empurrão, se recuperou rápido, voltou a velha forma -

- Então tenta, não sou mais o guri que tu metia medo, sou um Homem e amo outro Homen, se tem problema tenta me bater, mas vem com tudo, vai ver quem sou agora, livre de ti tantos anos.

Vi pelo canto do olho, nossos pais chegando da cozinha, minha mãe assustada colocou a mão na boca. Tio Sérgio tava amparando as duas, não precisava me preocupar.

- Eu sabia, logo que vi esse putinho ai do teu lado, devia ter dado um jeito nele quando era piá (menino) ainda.

Ele tava bufando de raiva, meu pai não era um homem pequeno, era da minha altura, forte, malhava direto, uma pessoa normal teria medo daquele jeito dele, mas eu não era normal, eu tava louco, ninguém falava do Léo.

O Monte tava me segurando mas ninguém ia me parar, ninguém falava do Léo na minha frente.

Me soltei do Monte. Nem cheguei a me mexer.

Só vi meu pai andando pra trás, segurando a cara com a mão, foi o Léo.

Cara o Léo tinha dado um soco na cara dele, cara foi uma patata, pra quem não conhece o Léo ele também era bem forte, meu pai se segurou na mesa, quase caiu e ficou olhando pro Léo parecia um bicho encurralado com raiva, tinha sangue escorrendo pelo nariz.

- Viado desgraçado!!

Quando ele foi reagir, e levantou a mão pra ele, o Léo desviou e não deu chance, deu outra marretada (soco muito forte) na cara dele, meu pai se desequilibrou e caiu, Onde ele aprendeu isso caralho.

- O primeiro murro foi pelo meu HOMEM, o Homem que eu amo, o segundo foi por aquela criança que tu derrubou no chão naquele parque. – Olhei pro Léo cara ele tava com cara de doido, tenho medo dele assim, ele nunca me falou que foi meu pai -.

- Levanta dai pra tu ver se não te arrebento, ninguém fala com meu Toro assim. - o Bear tava segurando ele pela cintura cintura cara, foi tudo tão rápido. -

- Levanta daí já que tu é homem, então? Levanta pra tu ver o que esse viadinho vai fazer contigo. - meu Léo tava Louco cara, o Bear e o Thiago estavam segurando ele.

Caralho me deu uma calma na hora, achei que ia arrebentar a cara dele, mas não, só fiquei olhando o Léo, ele tava ali pra cuidar de mim, e isso me comoveu.

Eu não precisava me preocupar com nada, meu Léo tava ali por mim.

Eu tava fora dali, olhava tudo de fora, vi o Eduardo e o Vito segurando o Tio Sérgio, os guris tavam cuidando de tudo,

E pensar que aquele homem caído no chão foi importante pra mim um dia, tentei tanto fazer o que ele queria, ser quem ele queria. E agora nem me importo se ele existe ou não.

- Vou te matar por isso, tu é o culpado do meu filho virar veado, vou te matar seu puto. – apontou pro Léo -

- Me solta Monte vou acabar com essa cara – comecei a gritar, monte não me largava meu –

Desencontros - O outro lado do amorWhere stories live. Discover now