Jorge vai para casa almoçar

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(Aline)

Depois de deixar Ticiane segui para casa e dei banho em Pedro. Eu tinha ficado muito mal com aquilo.

Depois que Pedro dormiu eu fui para a cozinha e Maria me encarou como se pressentisse que eu não tava bem, preparei brigadeiro de panela ,fui para o meu quarto e me tranquei la.

(Jorge) 

Passei a manhã ligando para Aline entre uma audiencia e outra, Maria me informou que ela chegou as 11horas e se fechou no quarto, mandei que colocasse mais água no feijão, iria almoçar em casa, mas não dissesse nada para ela.

Abri a porta do apartamento e Junior correu para lamber o vidro da porta da varanda.

- Maria... põe o Junior na varanda que vou ver aquela maluca. - Deixei a pasta no sofá e fui para o quarto.

Achei Aline com uma panelinha na mãoe a colher na boca, fiqueiparado olhando aquela cena, digno de uma foto, minha esposa estava em crise.

- Algum problema? - Ela me encarou apontando com a colher, visivelmente brava.

Dei as costas e fechei a porta, contei até dez e abri novamente e a olhei.

- Fez merda pelo jeito!. - Disse encostando a porta, Pedro dormia sobre a nossa cama.

Aline atirou o travesseiro e como eu me esquivei, ela me atirou a colher:

- Eu pedi a sua opinião por acaso?

- O que deu em você? - disse depois de jogar a colher longe. - estou tendando entender o que está acontecendo, mas pela sua cara epelo seu humor.. você realmente fez merda... - Abri a porta e antes de passar por ela disse bravo. - Estou na sala e te esperando para almoçar e ser sivilizada comigo... Posso ser seu marido, mas não desconto meus problemas lá fora em você... Malcriada... - Fechei a porta e fui para a sala.

(Aline)

Ignorei totalmente Jorge, a panela escorregou da minha mão pro chão e eu me encolhi, escondendo o rosto entre meus joelhos dobrados e desabei a chorar. Eu tava mal e queria mandar Jorge à merda.

(Jorge)

Fiquei parado na porta esperando ela sair, mas não aconteceu e escutei chorando, aperteimeus dedos nos meus olhos.

- Paciência, Meu Deus!... paciência. - Bufei e voltei a entrar no quarto, me sentei na cama a sua frente, acariciei o corpinho do meu filho que parecisa jánão caber mais naquele macacão. - Como ele cresceu, já vai perder outro macacão.

- Vai! - Respondi de modo limitado sem erguer o rosto para encará-lo. Ele me irritou muito com aquela ideia de Fez merda. Eu só queria um pouco de apoio!

- Não é mais fácil ligar para Ticiane quando estiver mais calma e conversar? - Tirei o paletó colocando de lado, puxei seus pés para ficar sobre minhas pernas, não olhei para seu rosto, ela não gostava de vê-la chorando, passei a fazer massagens em seus pés. - Não dá pra ficar defendendo o indefençavel, Aline... Gosto do seu irmão e acho que ele fez a melhor coisa... Ter saído de perto da sua amiga para não sofrer mais, e o escritório que ele vai trabalhar é muto bom, meu pai conhece o Marcio... Ele vai se dar muito bem... E aTiciane fez burrada e concordo com você, mas se indispor com sua melhor amiga não vale o sacrificio.

Encarei Jorge, secando o rosto, peguei Pedro no colo e fui sentar mais junto a Jorge e repousei a cabeça em seu ombro.

- Eu disse umas coisas a Tissy! Não foi justo ela usar o meu irmão,como usou. Eu briguei com o Alex por ela,porque o oposto seria diferente? Eu não quero que a Tissy seja infeliz, eu quero que ela e o Bruno fiquem bem, deem certo, mas também não posso ser indiferente ao sofrimento do meu irmão.

- Tudo bem... Entendo você... - Suspirei por que contei uma mentira, não conseguia entender, mas irmãos são irmãos e não dá pra entender o que cada um leva em seu intimo, Aline e Alex tiveram uma vida bem sofrida com a perda do pai, os dois eram pequenos, eram bem unidos.

-Eu não quero ser a dona-da-verdade,Jorge! Mas doeu ver o Alex naquele estado,como doeu quando foi com a Tissy. Eu não suporto ver as pessoas que eu amo sofrendo.- abracei forte meu marido e Pedro brincou com a barba por fazer do pai- Obrigada por me entender.

- Sempre, Aline... Mas nunca mais faça o que fez... aquela culher machucou. - Sorri. - Vamos comer?

- Desculpa! - Acarinhei Jorge. - Mas, não vem me dizer que eu fiz merda.

- Não está mais aqui quem falou. - Levantei as maos. - Me da esse moleque aqui... - Peguei Pedrinho no colo e me levantei. - Vamos comer, eu preciso voltar para o forum.

- Vamos. Nem sei o que a Maria fez, mas prometo que eu faço o jantar.

- alguma coisa ela fez... eu pedi a ela para colocar mais água no feijão que viria almoçar... - Saimos do quarto e seguimos para a sala de jantar.

A mesa estava posta, nos sentamos e almocei rapidamente, não tinha como ficar mais tempo, minha vida já não era mais como antes, que podia trabalhar de casa, aproveitar a praia e a vida, agora eu era chefe de família.

O Inquilino 2Where stories live. Discover now