Sensei (KageHina)

Eleven

Hinata

— Esperem um segundo.— Tanaka-san se manifestou.— Quer dizer que vocês dois...?— apontou para mim e Kageyama. — Como isso é possível? Hinata já tem um namorado e até onde eu eu sei Kageyama também tem uma, além de ser hétero!

— Aparentemente em clubes de esporte ninguém é hétero, é uma ciência intrigante e desconhecida.— Tsukishima falou ajeitando seus óculos.

— E quanto ao capitão?

— É um longa história, Tanaka.— Sugawara interveio.

— Então vocês dois...Eu não acredito nisso.— O careca olhava incrédulo.— Noya diga alguma coisa!— buscou ajuda no amigo.

— Pau com pau também é legal.— o líbero disse e ganhou um tapa na testa do craque do time.— Quero dizer, não tem nada de errado em gostar de meninos.

— Você também? Mas e a Kiyoko-san?

— Também não tem nada de errado em ser uma menina que gosta de meninas.— o loiro se meteu novamente.

— Isso...isso é muita coisa para digerir, eu vou para casa.— ele falou transtornado.

— Tanaka...— Asahi-san tentou.

— Casa.— foi a última coisa que disse antes de pegar sua bolsa e correr para fora.

— Viu só o que você fez!? Espero que esteja feliz!— Nishinoya-san brandou com o bloqueador de óculos.— Isso é tudo culpa sua!

— Ele descobriria mais cedo ou mais tarde.— Daichi-san suspirou.

— Só que foi do pior jeito possível.— foi a vez do às lamentar.

— Vamos resolver uma confusão por vez.— Suga-san argumentou.— Primeiro vocês dois.— apontou para mim o moreno ao meu lado, que estava tão estupefato quanto eu com o desenrolar dessa história.

— Não tenho nada para falar.— Kageyama logo disse.

— Você tem sim.— Asahi-san disse com uma cara assustadora.— Comece do princípio.

— Não posso.

— Vamos ter que ir atrás da sua namorada então.— o loiro deu a ideia e todos pareceram concordar.

— Não!— o moreno se desesperou.— Isso só vai tornar tudo pior!

— Tudo o que?

Kageyama olhou para um lado e outro.

— Aqui não, vamos para os vestiários.

Sem saber muito bem o porquê, nós seis o seguimos, o moreno trancou a porta, ligou todos os chuveiros e pediu para ficarmos em silêncio.

— O que eu vou contar agora é muito sério, essa história não pode sair daqui.

Concordamos curiosos para saber o motivo de tanto mistério, Tsukishima ainda murmurou algo sobre obsessão masculina por vestiários, mas ninguém deu muito atenção.

— A verdade é que podemos está sendo vigiados agora mesmo.— o moreno disse baixinho.

— Vigiados por quem?— perguntei cuidadoso olhando para todos os lados.

Alguém bateu na porta.

— Vocês estão aí?— A voz de Yamaguchi foi ouvida. Soltei o ar que nem sabia está segurando.

— Estamos sim.— Daichi-san se pronunciou.— Estamos discutindo estratégias.

— No vestiário?