Decepção e morte

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Quando acordei minha visão estava muito embaçada, quando voltei a enxergar, uma única lâmpada balançava em cima da minha cabeça, eu estava amarrada, e alguém vestido de preto estava mexendo em alguma coisa, mais estava de cosas não vi quem era.

- O que você quer comigo? – perguntei ainda fraca.

- O que todos querem com alguém da sua raça – A mãe de Daniel se aproximou com uma seringa – Kaily. – ela riu.

A raiva me dominou e eu senti meu corpo estremecer e o medo tomar conta de mim mais uma vez. A Seringa quebro em sua mão, e quando ela viu o corte que eu a causei me bateu tão forte, eu consegui esquecer que ela era uma senhora. Senti meu lábio cortado inchar na mesma hora, e o sangue pingar na minha roupa, ela pegou o sangue que escorria do meu lábio com o dedo e lambeu, e o pouco que sobrou em seu dedo ela passou em seu corte e no mesmo segundo ele já não estava mais lá. Tentei me soltar, mais parecia impossível, ela se virou para pegar outra seringa, eu me levantei mesmo com a cadeira agarrada em mim, e me joguei em cima dela, nos duas caímos, a cadeira se quebrou e eu consegui que a senhora Melot ficasse inconsciente alguns segundos, eu não sabia onde eu estava, mais ao julgar pelo teto de madeira estávamos em baixo da pensão. Procurei por uma porta e corri o mais rápido que eu pude, corri para a rua. Um disparo e depois a dor queimando dentro do meu corpo, logo em seguida eu estava caída imóvel, mesmo tonta vi que era Daniel que se aproximava, ria de mim e segurava meu rosto. Eu senti nojo e raiva, e mais raiva ainda de mim por confiar nele. O tempo atrás dele estava nebuloso e o vento ficava cada vez mais forte, ele olhou para trás e com agilidade nas pernas consegui me livrar dele, agora na hora do desespero era a hora de usar os dons que eu nem sabia que existiam. Consegui me desamarra e me levantei, ele levantou em seguida, a bala queimavam dentro do meu braço, os olhos de Daniel se fixaram no sangue que saia do meu ferimento, como se fosse ouro escorrendo. A arma dele disparou mais uma vez, fixei meu olhar naquela coisa prata pequena vindo em minha direção e de repente ela parou sem velocidade alguma e caiu. Andei em sua direção e sem nenhum movimento tirei a arma de sua mão, eu sentia um calor inundando dentro de mim, ele se afastou e logo atrás dele vi sua mãe, atirando enquanto caminhava, mais nenhuma das balas chegava perto de mim, eu nunca fiquei tão furiosa, isso só fazia minha frieza aumentar mais e mais, eu tentei confiar e me ferrei. Eu não sentia medo, eu sentia ódio, eles estavam impotentes agora.

- Por que Daniel? – perguntei furiosa.

Ele olhou ao redor, e a rua estava fria e vazia, como se as pessoas estivessem esperando o show de horror acaba para começarem a ir a igreja e passear com seus cães na manha de domingo.

- Você e um milagre da natureza, me daria milhões pra sair desse lugar horrível. – ele parecia não ter remorso.

- Eu poderia matar você. – me aproximei e a mãe dele avançou, para proteger o filho.

- Você não vai matar ele. – ela gritou com a voz quase rouca.

Eu estava perto o suficiente dela para arrancar seu coração, e foi o que eu fiz. Não sei das conseqüências mais os impulsos me levaram a arrancar seu coração e o sentir bombear o sangue quente na palma da minha mão enquanto seu corpo sem vida caia. Daniel gritou e se ajoelhou diante da mãe, olhou para mim com os olhos vermelhos de tanta raia e dor

- Deus vai castigar você Kaily, você vera, ainda não acabou. – ele disse em desespero enquanto segurava sua mãe.

- Deus já fez isso quando me criou Daniel. – passei pelos dois e voltei para dentro da pensão para pegar minhas coisas.

Prole ImortalWhere stories live. Discover now