Equilíbrio.

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Mergulhei na água e deixei que as lembranças ruins fossem embora, morte, dor, sangue, tudo deixado pra trás. Voltei a superfície e a primeira visão foi o abdômen de Jace, me levantei... Sim eu estava nua e sim estávamos mais íntimos do que nunca, mais éramos mais como melhores amigos, nada de namorados. Peguei a toalha de sua mão e me enrolei.

- E ai, você vai viajar com sua família? – perguntei enquanto ele penteava o cabelo.

- Não sei.

- Qual e – me aproximei dele de novo – precisa me fazer companhia pra mim.

- Tudo bem. – ele segurou meu rosto entre suas mãos enquanto eu sorria. – Mais e seu irmão? Ele também pode...

- Não estamos nos falando direito.

- Ele parece estressado com o casamento. 

Suspirei. – E como. – ele não estava estressado por causa do casamento, ele esta estressado comigo, mais pretendo resolver isso hoje.

Sai do quarto dele me vesti e passei a manha pensando no que ia falar, e no final eu percei que eu não precisava daquilo, precisava dizer o que eu sentia não o que iria deixa- ló totalmente feliz, peguei meu carro depois que Jace disse que ia ao velório de Eduard mais tarde. Dirigi ate o lago e como sempre ele estava lá malhando sem camisa exibindo seu corpo para a poeira e os pássaros que pousavam na janela e os corvos que o espionavam do topo das arvores, ele parecia ter bastante energia pra queimar bati fraco na porta e entrei ele saltou no chão e fez poeira levantar, frestas de luz manchavam sua pele ele me observou entrar, ajeitou os fios que caiam sobre a testa suada, passou a lingua pelos labios rosados e continuou imovel, no lugar.

- Eu sei o que você sente, sei que ficou bravo por achar que eu dormi com Jace, mais eu não dormi e não estou dizendo isso por que eu te devo satisfação, estou dizendo isso por que eu... – fiz uma pausa – gosto de você, e gosto dele, não quero que fique um clima estranho, logo agora.

– Você gosta de mim. – ele sorriu.

Enzo era o contrario de Jace, ele era cafajeste e sexy tentador e sabia usar as mãos. E quanto a Jace ele era delicado, e gentil.

- Cala boca. – sorri.

Ele se aproximou com aqueles braços e abdômen cheio de músculos e me abraçou ate me tirar do chão, voltou a me colocar no chão deslizando a mão pelo meu corpo, levantando propositalmente o meu vestido. Eu senti seus lábios perto do meu.

- Eu vou participar do ensaio do seu casamento. – disse tão depressa que quebrou o clima completamente.

- Por que? O plano era você acaba com o Sr. Vertelho.

- Preciso deixar a casa em paz de novo.

Ele se afastou. – Temos menos tempo se você for ficar de papinho com elas.

Revirei os olhos. – Eu entrei na sala dele, e vi algumas coisas, e matei ontem um dos seus caras. – era melhor deixar Jace fora da nossa conversa.

- Quando vamos entrar na Cia?

- Quando eu conseguir saber tudo que eu posso fazer.

- Você mata pessoas com a própria mão, isso não e suficiente? 

- Não, deixar rastros nunca e inteligente, aprendi com você.

O resto da tarde passou rápido, ele me fez treinar muito, eu fiquei totalmente molhada de suor e durante todo aquele tempo parecíamos tão ligados, a atração que sentíamos não era normal, e como se ele fosse o calor que derrete meu muro de gelo. Era como fogo e gelo, os opostos realmente se atraem, e essa atração era incontrolável, cada toque dele no meu corpo era como um fio desencapado, a sensação de querer alguém tanto assim era tão forte que doía. E eu saiba que ele sentia o mesmo, talvez pelo seu sorriso cafajeste no canto da boca que eu adorava ou talvez fosse apenas mais uma das coisas de "demônio". 

Prole ImortalWhere stories live. Discover now