Aliado

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- A onde você estava? E quem e ela? – ela começou a despeja perguntas em cima de Enzo.

Eu me sentei em cima do capó do carro e preferi fingir que estava olhando a linda casa, mais na verdade estava contando. Era uma estratégia que os monges usavam antigamente, saber quantos cômodos adiantava sua mente pra saber aonde e quanto você poderia se esconder ali. Como sei de tudo isso? Livros, muito tempo lendo.

- Ei estou falando com você. – dedos estalavam perto de mim me tirando da concentração. – O que esta fazendo?

Voltei a olhar para ela, ela cruzou os braços. – Admirando sua casa.

Ela olhou para a casa e depois voltou a olhar para mim. – Quem e você?

Olhei para Enzo e voltei a olhar para ela, Enzo se aproximou. – Ela e minha Irma, teve alguns problemas onde ela estava e ela veio ficar comigo - ele me encarou – Algum problema?

- Irma? Nunca me disse que tinha uma Irma. – ela olhou desconfiada pra nos dois.

Ele ficou sem reação.

- Somos irmãos por parte de pai, e ele não se dava muito bem com meu pai. – eu não sabia que tinha tanta criatividade assim.

Ela ainda parecia desconfiada, mais não questionou, voltou a colocar seu corpo no de Enzo, cochichou algo e eles se beijaram. Revirei os olhos e saltei do carro fazendo barulho o suficiente para eles se lembrarem que eu estava ali. Eles se separam, ela olhou para mim enquanto abraçava ele.

- Vocês parecem que não dormiram nada, vamos – ela ficou alguns passos a nossa frente – Vocês precisam tomar um banho. – ela deu um leve sorriso.

Olhei para Enzo enquanto ela estava de costas. – Irmãos? – sussurrei. Ele balançou os ombros. Voltei a olhar para a bonequinha de salto a nossa frente e eu sentia a raiva dela, senti a minha energia fluir e me causar arrepios, uma pedra do cascalho se levantou e eu arregalei os olhos, estendi as Mao de vagar e ela veio ate a minha mão, eu sorri enquanto Enzo estava boquiaberto. Entramos na casa e fomos recebidos por um mordomo de nariz fino e empinado, ara feita roupa passada e cabelo sem nenhum fio fora do lugar, a casa era tão grande que ecoava nosso passos, acima de nossa cabeça havia um lustre enorme com pequenas pedras, a escadaria era coberta por um tapete claro, ao lado leste da casa havia uma pequena varanda que receia muita iluminação da luz. Enquanto a noiva conversava com a cozinheira eu observava a casa com cuidado, assim que ela voltou disse para eu a seguir, que ela tinha um quarto pra mim. O andar de cima não era menos luxuosos vários quartos com portas muito alta, vasos com flores e porta retratos do que eu sugiro que seria seus antepassados, exatamente como naquela noite. E finalmente eu vi algo que realmente importava o escritório, a porta estava semi-aberta, tentei ver o Maximo possível. Quando chegamos ao quarto ela disse rapidamente que seu nome era Paloma e que era pra eu me arrumar para o café da tarde. E finalmente ela me deixou sozinha, ouvi seus passos descendo a escada e me certifiquei de que realmente eu estava sozinha no andar de cima, Abri a porta com cuidado e me esgueirei ate a porta do escritório, toquei a maçaneta e eu estava tão perto...

- O que esta fazendo?

Uma voz fez meu coração parar. Tirei a mão da porta e me virei. Era um garoto ranço com olho como o da Paloma e ele tinha a minha idade, ara feita cabelo lambido e roupa de motoqueiro imunda. Ele sorriu meio sem jeito.

- Eu... Eu estou meio perdida. – gaguejei.

- Meu nome e Jace e eu serei seu guia pela mansão... - ele estendeu a mão com graciosidade.

- E melhor não, eu acho que vim daquele lado, e alem do mais acho que se eu me atrasar sua Irma me mata. – mais que ironia usar essas palavras.

Prole ImortalWhere stories live. Discover now