43. Estella Escobar tem dois empregos

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Quem conversou com a Estella no privado do instagram já sabia algumas coisas.

#ShawllaReal

O arrepio estendia-se por cada poro da minha pele enquanto Estella continuava deitada sobre mim, passeando as unhas de forma aleatória por toda extensão por ela alcançada. 

Toco suas costas num carinho velado e a brasileira levanta o rosto na minha direção. Estella está sorrindo, não com os lábios mas, com os olhos e esta é mais uma das confirmações de meu fascínio.

— Eu tenho uma coisa pra você.

Escobar arqueia a sobrancelha de forma que eu julgaria engraçada porque seus lábios também crisparam.

— O quê?

— Comprei enquanto estávamos em Pickering.

Preferi não relembrar da nossa desavença. 

Levantei sua cintura, alcancei minha calça moletom no chão e corri pelas escadas em direção ao quarto. A pequena mala ainda não tinha sido desfeita, logo no topo encontrei a sacola da joalheria.

— Eu espero que você goste. — Falo assim que entro na cozinha.

A mais nova terminava de ajustas sua calcinha. Sorrio e jogo uma das minhas camisas na sua direção, ela passa a peça pelo seu tronco. Céus, ela  é tão linda!

— Vem. — Puxo-a em direção ao cômodo ao lado.

Descanso meu corpo no sofá e ela senta no meu colo. Uma perna de cada lado, observando com atenção cada movimento meu.

— O que você comprou para mim?

— Não acho que seja tão necessário um objeto pra representar o que temos, mas a sociedade convencionou... — seus olhos verdes me encaravam de forma curiosa. Estella era uma mulher curiosa. — Na minha cabeça você não faz muito o tipo anéis. Não agora.

— Não fazemos. — Conjectura. — Nós somos excêntricos juntos. — Sorri.

— Ah, Estrella, nós somos clichês às vezes.

— Na minha cabeça nosso clichê é singular. — Toco sua cintura como se incentivasse suas palavras e ela torna: — Não existe outra pessoa no mundo para viver esse clichê senão você, Shawn. 

Suspiro e permito que um sorriso escape. 

— Neste caso, somos excêntricos juntos. — Concordo com sua primeira sentença.

Ela sela nossos lábios rapidamente e eu tiro a caixa fina da sacola, entregando-a.

— Você não faz o tipo anéis, então eu te trouxe essa rosa.

Minha garota observava atenciosamente o colar dourado com uma rosa de forma graciosa dançando entre as tiras. O sorriso mais brilhante estampou seu rosto e em seguida me beijou.

Aquela era sua resposta silenciosa.

Selamos não somente os lábios, selamos a concordância de pertencimento. Admitimos a reciprocidade do nosso amor. Ali eu tive certeza que éramos, realmente, excêntricos. Embora o mais importante era sermos um do outro. 

Antes que o silêncio nos invada com força a barriga dela pressionada sobre meu peitoral faz um barulho típico de fome e eu gargalho.

— Culpa sua, eu estava na boa preparando o jantar...

— Você estava me chamando.

— Mas eu estava calada! — Se defende.

— Você estava rebolando semi nua na minha cozinha, Estella.

WILD | ✓Where stories live. Discover now