Capítulo 21

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Chegamos ao hospital e a mãe dele foi a correr até a primeira pessoa que encontramos. Perguntou pelo Cameron e a senhora foi ver no computador. Eu estava a limpar as lágrimas e a rezar que estivesse tudo bem. Estava de mãos dadas com a irmã do Cameron, ambas estávamos muito preocupadas. Passado um bocado a mãe do Cameron vêm ter connosco.

"Ele está no quarto 43, não o podemos ir visitar porque..." - Ela diz e depois para e recupera as forças.

"O que se passa, mãe?!" - A Maya pergunta.

"Ele ainda está inconsciente... Estão a tentar reanima-lo..." - A Libby, diz e começa a chorar.

O meu mundo caí ali, quase perco as forças e caiu no chão mas felizmente tinha a Maya ao meu lado a segurar-me. Sentamo-nos num banco ali perto e as lágrimas comecaram a cair sem eu esperar. Como é que isto é possível? Estava tudo tão bem... Isto era tão importante para o Cameron, ele estava tão feliz a jogar. E agora, está aqui no hospital a ser reanimado... Cada vez mais lágrimas caíam, a Maya agarrava na minha mão com força cada vez que eu soluçava.
Os pais do Cameron estavam também sentados, abraçados e preocupados.
De repente, ouço uma enfermeira a chamar um médico de urgência. Tentamos todos perceber o que se passava mas estava toda a gente ocupada. Tinha o coração muito acelerado, só queria estar com o Cameron ou pelo menos saber o que se passava com ele.
Já estava a ficar farta de esperar, porque estaria a demorar tanto tempo?! Levantei-me e fui até a máquina comprar algo para comer. A Maya tinha ido comprar café para todos. A equipa do Cameron já me tinha mandado mensagens e eu disse-lhes o local onde estávamos e que ainda não sabíamos nada.
Quando regressei já estava lá a equipa, assim que me viram vieram ter comigo e abracaram-me.

"São familiares de Cameron Boyce?" - Uma senhora pergunta.

"Sim." - A Libby diz.

"Podem ir ter com ele ao quarto, o médico está lá a vossa espera."

Seguimos todos a senhora e quando entramos eu nem queria acreditar. Ele estava deitado naquela cama, sem se mover e ligado a vários fios. O meu coração acelerou e começou a cair lágrimas ao quais eu limpei rapidamente. Os rapazes perceberam e agarraram-me.

"São os pais?" - O médico pergunta.

"Sim, também está aqui a minha filha, a namorada do Cameron e a sua equipa." - A Libby diz apontando para cada um.

"Muito bem. Equipa de basquetebol correto?" - O médico pergunta.

"Sim." - Eles respondem.

"Pois. O Cameron teve sorte, foi um grande empurrão mas podia ter sido pior." - O médico começa.

"Então, ele está bem? Está tudo bem?" - A Maya pergunta.

"Bem, dentro dos possíveis. Ele lesionou-se no joelho e tive bastante tempo inconsciente. Mas felizmente correu tudo bem, ele vai ficar cá está noite e amanhã iremos operar o seu joelho."

"Operar... O... joelho...?" - Digo quase sem voz.

"Sim, só não operamos hoje porque ele ainda está fraco e meio consiente."

Levo a mão à boca e lágrimas começam a cair.

"Eu vou deixar-vos com ele." - O médico diz e vai embora.

Vou até ao lado do Cameron e agarro na sua mão. Ele ainda estava a dormir, mas a qualquer momento podia acordar. Ele estava tão calmo ali deitado, parecia que nem tinha acontecido nada, era como um anjo a dormir. Só queria poder guarda-lo num pote em segurança. Ele não merece nada disto.

[Cameron]

Acordo e mal me lembro do que aconteceu. A única coisa que me lembro é de estar no jogo e sentir algo contra mim e de cair no chão... E pelo que já estou a ver não correu bem. Olho em volta e só vejo máquinas e assim que olho para a minha cama vejo a Molly. Tão linda. Esta a dormir, deve ter passado o dia aqui comigo. Tenho tanta sorte em te-la do meu lado, sem dúvida que é a melhor pessoa que podia ter do meu lado. Coloco a minha mão no seu cabelo e começo a fazer carinho. Tento mexer-me um pouco mas estou com demasiadas dores e nem me consigo mexer direito. Só espero que não tenha nada de grave...
Passado um pouco sinto a Molly a mexer-se, ela levanta-se calmamente e ainda com cara de sono. Esfrega os olhos com as suas mãos e olha para mim. Ela sorri logo de imediato o que me levou a sorri também.

"Olá amor." - Digo.

"Oh meu deus, tu estás acordado!" - Ela diz feliz.

"Acho que sim. Não era suposto?!" - Digo um pouco assustado.

"Sim, sim, sim, era!" - Ela diz.

"Ah fico mais descansado!"

"Como te sentes?"

"Com algumas dores e eu não consigo mexer-me muito bem..."

"Pois..."

"O que se passa comigo, Molly?"

"Ah..." - Ela diz e olha para o chão.

"Amor, por favor. Diz-me." - Digo e pego na sua mão.

"Calma. Acho melhor esperar pelo médico. Mas, vai ficar tudo bem, eu prometo." - Ela diz e agarra na minha mão com força.

"Espero que sim..."

Ela sorri e eu chamo-a para vir para mais perto de mim. Abraco-a e beijo-a. De seguida, ela deita-se, coloca a sua cabeça no meu peito e eu fico a fazer festas no seu cabelo enquanto ela faz desenhos invisíveis no meu peito.
Passado um bocado a porta do quarto abre-se e vejo a minha mãe. Ela sorri e vêm ter comigo.

"Então, filho, como te sentes?" - Ela diz e dá um beijo na minha testa.

"Com algumas dores."

Ela agarra na minha mão e sorri.

"O que se passa comigo?" - Pergunto.

Sinto os olhares entre a Molly e a minha mãe e fico preocupado.

"Vocês estão a deixar-me bastante preocupado!"

"Calma, está tudo bem filho! O médico já vêm aí e falamos sobre isso.

Eu não queria esperar, só queria saber o que se passa! Será que é alguma coisa assim tão grave? Estou bastante preocupado... Não quero deixar de jogar, o basquetebol é tudo para mim... É algo que me relaxa e que me faz bem e tirarem-me isso era muito mau.

Young//Cameron BoyceWhere stories live. Discover now