Capítulo 24

224 14 1
                                    

Bem, já se passaram alguns dias e hoje vou voltar à escola. Ainda estou um pouco dorido mas nada comparado ao que estive. O médico disse que estava tudo bem e que eu estava a fazer uma excelente recuperação. Em relação ao basquetebol ainda não posso jogar, apesar de tudo ainda é recente e pode acontecer algo mais grave.
Saio de casa e vejo logo a Molly. Ela sorri imediatamente e vem até mim.

"Bom dia amor!" - Ela diz com um grande sorriso.

"Bom dia meu amor!" - Digo e junto os nossos lábios.

"Preparado para voltar?"

"Estava bem em casa mas também vai ser bom voltar. Ficar em casa sozinho sem me mexer foi secante e doloroso."

"Acredito que sim amor."

Sorrimos, entrelaçamos as nossas mãos e seguimos caminho. Devo dizer que nunca me senti tão bem. Fiquei em casa fechado muito tempo, isso não me costuma acontecer e foi bastante secante. Ainda bem que já posso sair, sempre com cuidados, mas é bastante bom.

[Escola]

Entramos na escola e bastante gente fica a olhar para mim. Claro que toda a gente soube o que aconteceu comigo e agora fica tudo surpreso de me ver.
Sigo até ao nosso sítio e reparo que o grupo já se encontra lá.

"Olhem só quem voltou!!" - O Miguel diz.

"Finalmente de volta." - Eu digo.

"Bom ter te de volta puto."

"Também é bom estar de volta."

Toca e todos se levantam e seguem caminho para a aula. A Molly ajuda-me e seguimos também.
Assim que chegamos à porta da sala a turma toda já lá estava e vieram ter comigo.

"Bem vindo, como estás?" - a Joana pergunta.

"Olá, bem eu acho. Melhor que antes."

"Ainda bem! Vais ver que logo começas outra vez a jogar."

"Espero que sim!"

Ambos sorrimos e depois a Molly começa a falar com a Joana.
Começo a olhar em volta e vejo o Rodrigo a chegar. A última pessoa que queria ver hoje. Sobe as escadas com aquele seu sorriso estúpido e caminha até mim.

"Olha, olha quem voltou!" - Ele começa a falar.

"O que é que tu queres?" - Digo.

"Então? Calma! Só quero conversar."

"Pois, mas eu não tenho nada para falar contigo."

"Que mau humor. A tua namoradinha não cuidou bem de ti?"

"Não tens nada haver com isso."

"Oh então. Podes falar, aposto que ela cuidou muito bem de ti." - Ele começa a chegar perto da Molly e coloca a sua mão no rosto dela.

"Não me toques." - Ela diz e tira logo à sua mão.

"Afasta-te." - Digo e chego mais perto.

"Que vais fazer? Nem consegues correr."

"Posso fazer muita coisa, aconselho a não voltares a tocar na Molly."

"Ui, estou cheio de medo. "- Ele aproxima-se.

"Meninos! Espero que não haja problemas aqui." - A professora diz.

"Não, não. Está tudo controlado." - Ele diz e afasta se.

"Bem vindo de volta, menino Cameron. Espero que esteja bem." - Diz a professora.

"Obrigado. Sim, dentro dos possíveis."

"Ainda bem."

A professora afasta-se e a Molly agarra me na mão. Olha para mim e dá um leve sorriso.
Avançamos para a nossa sala e entramos. O dia foi passando e tudo acabou por correr bem. Voltei para casa com a Molly e ficamos a ver um filme na sala. Tenho uma sorte enorme em te-la na minha vida, ajuda-me mais que ninguém e nunca me deixou mal. Ela é tudo o que eu preciso. Ao olhar para ela reparo que acabou por adormecer, tem andado bastante cansada e não a censuro. Fez mais que muito estas semanas. Fico a fazer lhe cafuné e a apreciar. De repente ouço alguém a chegar, deve ser a minha mãe ou irmã. Que bela altura.

- Olá maninho, como estás?

- Shiu! A Molly está a dormir!

- Desculpa! - Ela sussura. Ela tem andado bastante cansada.

- Pois tem, por isso que vou deixa-la estar.

- Fazes bem. Queres alguma coisa para comer?

- Não, estou bem.

- Então vou eu comer.

- Faz pouco barulho!

- Sim, sim maninho.

Ela vai para a cozinha e eu volto a focar-me na Molly. Ela mexe-se um pouco, ajeito-me e ela agarra-se melhor a mim.

Acordo e sinto umas leves dores na perna. Levanto-me com muita dificuldade tento colocar-me em pé. Estou a sentir muitas dores, não estou a gostar disto. Chamo a minha mãe e pouco tempo depois ela aparece.

- Bom dia, está tudo bem? - A minha mãe pergunta.

-Bom dia, não. Estou a sentir dores na perna.

-Consegues andar?

-Com dificuldade.

-Bem, é melhor ficares na cama, eu vou chamar o médico.

Volto a deitar-me e fico à espera da minha mãe. Pego no telemóvel e mando mensagem à Molly para a avisar. Ela já deve estar a arranjar-se para vir ter comigo.

*Bom dia, meu amor! Olha não sei se vou à escola hoje, acordei com dores na perna e a minha mãe já está a chamar o médico. Podes vir na mesma ter comigo, já tenho saudades.*

Coloco o telemóvel na cabeceira e deito-me à espera. Minutos depois o telemóvel vibra. Era a resposta da Molly.

*Bom dia, amor! Mais uns minutos e já estou aí !*

Sorriu e sinto alguém na porta do quarto.

-O médico já está a vir. Trouxe o pequeno almoço! - A minha mãe diz ao entrar.

-Obrigado mãe.

-Avisaste a Molly?

-Sim, ela disse que daqui a pouco já estava aqui.

-Claro que está. - Ela sorri e pisca o olho ao sair do quarto.

O médico chegou e a Molly também. Todos no meu quarto a analisar o que se passa.

-Bem, não é nada de grave. Fez um pouco de esforço ao qual a ferida ainda não está habituada. Aconselho que descanse e coloque este creme. - O médico diz e dá-me um creme.

-Obrigado. - Agradeço.

A minha mãe acompanha o médico até à saída e eu fico apenas com a Molly no quarto. Ela senta-se ao meu lado na cama e sorri.

-Podes colocar-me o creme? - Peço-lhe.

-Claro que sim. - Ela diz e pega no creme.

Ela coloca o creme no local e vai fazendo massagens. Tudo com muito cuidado e delicadeza. Sei que não me quer magoar.

Young//Cameron BoyceWhere stories live. Discover now