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Escrita com minha Raposinha... JulianaRamosAzevedo

– Eu não vou beber com você, mas eu te acompanho!

– Você não gosta que eu sei!– Beijou mais ela e caminhou para a barraca de bebidas.

Ela caminhou de mãos dadas percebendo que todas as pessoas que estavam ali observavam os dois porque não era o comportamento dele ser educado, procurou a tia e quando viu acenou para que ela fosse até eles. Quando estavam na barraca ela pediu um refrigerante para ela um refrigerante para tia e ele bebeu a cachaça, ficaram na barraca durante um tempo e depois vários tiros foram ouvidos no meio da festa e pipocos saindo de todo lado.

Cristina se agarrou Frederico nervosa estava desesperada com aquele barulho de tiros e as velhas da igreja começaram a gritar.

– É o cangaceiro José Maria, é o cangaceiro José Maria que vem vindo e ele vai matar todo mundo!

Cristina começou a ficar com as mãos geladas.

– Frederico, vamos embora daqui eu estou com medo!

– Quero saber quem é esse desgraçado que esta dando tiro na minha cidade. – Ele tentou se levantar para ir até o homem.

– Não vai falar nada fica quieto pelo amor de Deus, Frederico, vamos para casa não quero você em confusão!

– Ele esta dando tiro onde tem as crianças eu vou matar ele. – Suspirou cheio de ódio ninguém iria dar tiro no meio da praça e ainda mais cheio de crianças.

O Cangaceiro José Maria parou no meio da praça com uma espingarda na mão e olhou em volta todos aqueles homens apavorados.

– Não se apoquente não que eu só vim dar um aviso! – Ele falou com a voz arrastada e o sotaque do interior. – Eu estou aqui para dizer que eu sou o dono da fazenda cachorro d'água e quem for na minha fazenda pegar qualquer coisa vai tomar tiro, eu fiquei sabendo que por essas bandas aqui tá cheio de fazendeiros safado que pega mulher dos outros que pega bicho dos outros que pega tudo os outros! – Deu mais quatro tiros. – Vocês estão avisados! – E saiu com um monte de homem cavalgando na direção da fazenda dele.

– Quem é esse homem, Frederico? – Cristina perguntou nervosa.

– Não sei, mas amanhã vai amanhece com a boca cheia de formiga. – Falou alto demais ali para ela e era apenas um pensamento dele.

Ela ficou apavorada com comentário dele.

– Não diz uma coisa dessas pelo amor de Deus!

– Vamos embora!

Judite nem piscava cheia de medo.

– Eu quero ir para casa eu quero ir para casa! Vamos para casa agora! – Ela puxou a mão de tia Judite e saiu de mãos dadas com Federico andando rápido até a caminhonete.

– Sim, vamos! – Ele as colocou no carro e depois entrou saindo dali.

Cristina rezou durante a viagem inteira e quando chegaram ela nem sabia como reagir ficou parado sentado no sofá enquanto Judite se preparou para subir.

– Você está com fome tia quer comer alguma coisa antes de dormir?

– Não meu anjo, depois do que aconteceu a velha aqui esta sem fome. – Sorriu e Frederico gargalhou e ela sumiu no meio do corredor.

Cristina ficou sentada no sofá sem entender muito bem o que faria.

– Esse homem é perigoso, Frederico não quero ele perto das nossas terras está cheio de criança nas nossas fazendas e esse homem dá tiro no meio das crianças!

CRUEL -  A # M # FOnde histórias criam vida. Descubra agora