Cap.10

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Acordo com o braço do Eduardo em volta da minha cintura, sinto sua ereção matinal na minha bunda, mas como isso acontece frequentemente, apenas ignoro, saio da cama e vou para o chuveiro. Enquanto a água quente percorre meu corpo, fico me perguntando com que cara vou olhar pra Edward depois do que aconteceu. Saio do chuveiro e começo a me enxugar, então percebo que o meu celular está tocando, saio do banheiro e vejo o Eduardo atender. 
Vou em sua direção, mas como ele está de costas com meu celular no ouvido, não me vê se aproximar.

— Certo, eu falo pra ele. — ele diz e desliga — Idiot... Ahhh — me encara e toma um susto — Quer me matar André?!

— Bem que eu queria... — digo sendo bastante sincero — Posso saber o porquê que você atendeu o meu celular?

— Essa droga me acordou! E deixa de ser chato — lhe dou um tapa — Você ama me bater, né?!

— Você não tem ideia! — ainda estou apenas de toalha, por isso vou em direção ao guarda roupas e começo a procurar uma calça jeans pra ir pra faculdade.

— O Edward disse que não vai poder te dá uma carona hoje... Acho que ele foi pro hospital!

— Como assim, “hospital”?!

— Não se preocupe, aparentemente ele queimou a mão cozinhando.

— Ah tá! Quando voltar da faculdade, dou uma passadinha na casa dele! — Pego a calça, mas a merda cai no chão, então me abaixo para pegar, só que a toalha resolve me sacanear​ e vai pro chão também; sorte que já estou de cueca!

— Você tem que malhar! — o Eduardo diz enquanto me assiste vestir a calça, eu o encaro.

— Não tínhamos combinados de parar de brigar?!

— Eu não to puxando briga com você, só estou dizendo que você precisa se cuidar mais, só isso.

— Rum... E então, tem como me levar na faculdade?

— Tem, mas antes, que tal um cafezinho fresco?! — reviro os olhos.

***

Assim que Eduardo dá partida, começo a revirar minha mochila em busca de uma partilha pra tirar o bafo do café.

— O que você tanto procura nessa mochila?

— uma partilha!

— Tenho balas, serve?

— Claro! — ele corre a mão pelo bolso da calça e me entrega algumas balas de gengibre com mel, minhas favoritas — Nossa, eu amo essas balas!

— Eu tava pensando... Que tal a tarde irmos dar uma passadinha no shopping?!

— Fazer o quê? — estranho o convite repentino.

— Olha, se vamos ficar casados durante um ano, temos que, no mínimo, virarmos amigos e aproveitar o que nos foi dado, ou ambos vamos perder a herança pra Charlotte.

— Hum... Tá certo! — respiro fundo — Mas vamos a algumas regrinhas... Primeiro, nada de me envergonhar, seja com peidos ou arrotos.

— Eu tenho educação, sabia?!

— Não é o que parece! — digo irritado — Segundo, nada de encontrar algum amigo e me deixar sozinho, e terceiro, não dar em cima de ninguém!

— Ciúmes?! — reviro os olhos e ele ri — Agora vamos as minhas regras... Na verdade, só tenho uma. Nada de ficar me oferecendo pra qualquer pessoa... E vamos agir como um casal!

— Rum... Por mim tudo bem.

***

— Sério?! — Feh me encara em choque quando conto a ele que vou sair com Eduardo depois das aulas, enquanto caminhamos para fora da faculdade — A relação finalmente evoluiu, amigo?! Então você tem que arrasar.

Casamento arranjado ( Em Revisão )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora