Cap.17

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PENÚLTIMO CAPÍTULO DA PRIMEIRA TEMPORADA*

*********

Sinto a dor aquecer meu rosto enquanto meus olhos embaçam com as lágrimas causadas pela dor. Encaro Eduardo nos olhos, seu rosto está borrado por conta das lágrimas e sinto a raiva de minutos antes voltar, ergo a mão e devolvo o tapa com toda minha força, o que não parece machucalá-lo como eu queria. Ele segura meu pulso com força.

— NUNCA MAIS ENCOSTE UM DEDO EM MIM, TÁ OUVINDO...? NUNCA MAIS! — grito sem me importar com o que os vizinhos vão pensar, puxo meu braço de volta e saio porta a fora deixando ele sozinho no meio do quarto. Enquanto caminho sinto as lágrimas caírem e uma dor estranha se espalhar por meu peito, como se tivessem me injetado ácido.

***

— André? O que aconteceu ? — Feh me encara surpreso quando abre a porta e me vê plantado aqui. Provavelmente estou um caos. 

— Posso entrar? — pergunto me esforçando pra não deixar a voz embargar e ele abre passagem me indicando o sofá, eu vou até lá e sento me sentindo vazio como um balão após uma festa de aniversário. 

— Tudo bem, agora posso saber o porquê de você está assim? — ele senta ao meu lado e me olha preocupado, e eu volto a chorar.

— Eduardo me bateu! — digo e ele engole em seco — Ele me deu um tapa na cara...

— E como isso aconteceu? Porque diabos ele fez isso? — suspiro e começo a contar a ele, em detalhes — Então... Vocês transaram ?

— Sim! — reprimo um soluço — Mas eu não tava em plena consciência...

— O pau dele é grande? — vejo os olhos do Feh brilharem e não posso evitar sorrir, ainda que, todo movimento que eu faça, minha bunda lateje.

— É ... — digo meio contrariado — Na verdade, eu tô todo dolorido. 

— Amigo do céu... E agora? — ele senta mais perto e segura minha mão me passando algum consolo.

— Eu não sei, Feh... Eu não acho que gosto dele...! — então penso um pouco melhor — Ou gosto...? Nem eu sei o que sinto por aquele idiota.

— Mas você falou que não queria ver ele nunca mais. 

— Eu tô confuso, Feh...! É, talvez eu goste um pouquinho dele... Sei lá, ele tava tão... carinhoso nos últimos dias. — meu amigo ergue as sobrancelhas — Além do mais, durante o sexo ele disse... que...

— Que, o quê?

— Que me ama! — Feh solta um gritinho que até eu me assusto.

— Aí que fofo! — ele suspira sonhador — Eu já imaginava que vocês talvez transassem​ ... Quando saímos da boate você estava muito animadinho... Toda hora se agarrando nele! — sacudo a cabeça, nem quero imaginar a cena.

— Um cara tinha me oferecido uma bebida... E ela tava com um gosto estranho! Eu fui dopado... Eu acho!

— Hum... Mas você gostou da transa?

— Na verdade, eu não me lembro de tudo...! — uno as sobrancelhas tentando me lembrar de mais detalhes — Mas da parte que eu lembro, é, eu tava gostando. E quando eu lembro das cenas, ainda sinto cada sensação no meu corpo e o quanto ele ainda tá sensível! Parece que ele me tocou em todos os lugares que sou sensível. Eu devo tá com alguma doença! — ele solta uma risada e me encara. 

— Ai amigo, eu sei o nome da sua doença! Você tá apaixonado!

— O quê? Claro que não! — olho pra ele e ele está muito sério agora — Ah meu Deus, será ? Mas ele é um chucro... Um cavalo!

Casamento arranjado ( Em Revisão )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora