café

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Bem vindos ao inverno! 

Mas nada como uma bebida quente para aquecer o gelo que se recusa a derreter.

"O coração não foi feito para ser infeliz, mas sim para amar e ser amado."

" O inverno deveria ser mais reconhecido. Pois o frio pode ser uma boa desculpa para uma bebida quente a dois."

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      Caminhando solitário entre as movimentadas ruas da Alemanha, um jovem rapaz de vinte e nove anos inicia sua rotina de segunda-feira. O inverno alertava sua presença a cada respiração fria que embaça o vidro retrovisor do carro. 

        Alaric usava seus jeans azuis desbotados, casaco de couro preto, botas de inverno e estava sempre com uma prancheta na mão. Ele era um excelente comerciante e tinha uma pequena empresa que vendia grãos de café selecionados, direto do campo para o consumidor.
Ele tinha orgulho de sua mercadoria, pois sua família saiu da pobreza para ter uma vida estável graças ao café. E ele em especial, por ter sido responsável pelas mudanças na safra e no sistema de colheita do cafezal.  

        Agora ele se dedicava mais a entrega e venda do produto, pois conseguiu incluir grande parte da família nos negócios. Apenas quem queria trabalhar e ter a oportunidade de gostar do que faz. 

        Alemanha era um país muito nobre, e o consumo de café era grande. O jovem não pensava em ser rico, até porque estava longe disso, mas gostava de pensar na ideia de um dia vender em toda a Europa, apenas para ter o prazer de ver as pessoas se deliciar com o esforço do seu trabalho e da sua família.  

Chegando a mais um cliente, ele nota que é um pequeno bistrô, mas tem seu toque delicado e refinado. Esse era um novo cliente, e como de hábito ele costumava ser gentil para os negócios começar bem. 

        Acredite quem quiser, mas geralmente a primeira impressão é aquela que fica. E Alaric gostava de deixar uma boa impressão logo de cara.
Havia poucos clientes, talvez o movimento fosse fraco ou fosse pelo horário que ainda eram somente oito da manhã. 

        Abriu a porta de vidro com detalhes esculpidos na madeira. Poderia parar para dar uma bela olhada na porta, mas agora já tinha abrido e o sino do lado de dentro tinha tocado. Pisou sobre o tapete marrom com a palavra: Bem-vindo.

-Olá, bom dia. - Cumprimentou uma moça que apareceu no caixa. Ela estava agachada anteriormente.

-Oi, bom dia. -Respondeu ele, se aproximando do balcão.
-Tudo bem? - Perguntou ela com sinceridade no olhar.
-Sim, tudo ótimo. E com você? - Perguntou ele, ficando sem jeito.
- Também. Um cafezinho?
- Pode ser, obrigado. Eu vim trazer a encomenda do café.
- Opa! Maravilha.
- Posso trazer?
- Sim, só um minuto.
- Eu espero, sem pressa. -Disse ele gentilmente.

        A atendente sumiu pelos fundos, o deixando esperando. Era sua primeira entrega do dia, e na verdade não tinha muito tempo para esperar. Mas preferiu ser paciente, afinal ainda era segunda-feira. O ambiente do café dava uma sensação de conforto. Estava quentinho ali dentro, por isso não se importou de ficar.

      Os poucos clientes conversavam entre si, enquanto uma garota lia um livro. Tinha jeito de ser universitária. Alaric decidiu sentar e aguardar a moça voltar. Não que quisesse, mas não pode evitar reparar que a atendente era formidável. Seu cabelo estava preso em um coque bagunçado, mas ainda assim era linda. E parecia bem alto astral o que é difícil de ver nas segundas-feiras de inverno. Pois a maioria das pessoas gostaria de estar em casa, dormindo um pouco mais, não estar trabalhando. 

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