Doce

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Oiii pessoal, olha eu aqui de novo!
Hoje trago um conto muito, muito gosto de ler!
Prometo muito açúcar ☺🍫
Até já!

" Gostoso é desfrutar o melhor ano das nossas vidas, tendo a certeza do quanto somos sortudos em simplesmente ter tudo que temos. E ser tudo que somos. " - Katlin Caroline A.S

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Música:

       Jorginho tinha conseguido aquela nota de cinco reais com muito esforço. O menino tinha passado duas horas ajudando o vizinho a regar o jardim enquanto ele cortava a grama. Parecia não ser muita coisa, mas o sol batia forte em sua cabeça e ele queria ajudar o seu Domingues, pois ouvia ele gemer de dor aqui, ali e acolá. Depois de ajudar, quando estava lavando as mãos para ir embora, o senhorzinho agradeceu a ajuda e lhe deu uma nota de cinco reais. Faceiro da vida, ele abraçou o idoso e pulou de alegria. Agora, ele entendia satisfação dos adultos depois de trabalhar ganhar uma recompensa tão boa. 

        Naquele calor, ele só queria um bom picolé. Mas chegando ao mercado, era tudo mais caro. Seis, sete, nove reais. Ele não tinha o suficiente. Aborrecido, decidiu dar uma volta no mercado para saber se tinha algo que pudesse comprar. Passeando distraído, ele sente seus olhos incomodados com uma luz forte que brilha ao fundo. Inclinou-se para o lado e viu da onde vinha aquele brilho. 

      Uma garota estava diante da vitrine da padaria, em seu cabelo afro, uma tiarinha de brilhantes e quando o sol batia ao longe, refletia nas pedrinhas. Ela fitava os docinhos, indecisa provavelmente sobre qual comprar. Ela devia ter sua idade. Era negrinha como café, usava um macacão de pano rosa e uma camiseta branca por baixo. Ele foi até lá, só para dar uma olhada nos doces também. 

_ Oi. _ Disse ela, dando aquele sorriso, mostrando que não tinha o dentinho da frente. 

_ Oi. _ Respondeu ele sem jeito, vendo que ela era mais bonita do que parecia de longe. 

_ Oi crianças, o que vocês vão querer? _ Perguntou a atendente aparecendo. 

_ Eu só estou olhando mesmo. _ Disse ela indo embora, tristinha. 

_ Ei, espera. Moça, qual desses dá para comprar dois por cinco reais? _ Perguntou o menino afoito, com receio que ela se fosse. 

_ Esse aqui. _ Apontou ela para um doce chamado Donuts, era uma rosquinha recheada basicamente. 

_ Eu quero dois desse por favor. Ei, vem escolher o seu. _ Disse ele, vendo-a sorrir de felicidade. 

_ Eu posso mesmo? Mas eu não tenho como pagar... 

_ É um presente. 

_ Mas não é meu aniversário. 

_ Mas é o meu. Aceita vai. Escolhe um. _ Ele estava animado, ela havia se convencido. 

_ Eu vou querer... _ Dizia ela, fitando as muitas opções. _ Esse. _ Decidiu por fim. 

_ Tudo bem. E você, qual vai querer? _ Perguntou a moça da padaria. 

_ Aquele ali, com granulado por favor. _ Apontou. 

_ Aqui. Bom dia. _ Disse a moça, dando um pacotinho para cada um. 

_ Vamos. _ Chamou ele. 

          Esperaram sua vez na fila, então ele pagou orgulhoso. Ainda sobrou dez centavos, ele comprou duas balas. Sairam do mercado e sentaram lá fora, na calçada, em uma parte que tinha sombra no estacionamento, praticamente na calçada. Ela abriu o pacotinho, tirou o bolinho e deu uma mordida que parecia ser eternizada. Saboreou e então abraçou Jorginho, agradecendo: 

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