notas finais

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O OPEN 24H não foi muito fiel à proposta original de durar 30 dias corridos. Tive problemas de saúde, compromissos e viagens que me impediram de criar algumas vezes. Mas TODOS os contos que você leu nesta coletânea foram escritos em menos de 24 horas. Nos dias bons eu sorteava o tema pela manhã, escrevia um rascunho e às 23h finalizava. Nos dias ruins o sorteio era feito às 21:30 e o conto era escrito em uma hora (alguns dos meus favoritos aqui foram produzidos assim).

Já fazia bastante tempo que não produzia nada. Tinha entrado nas paranoias do "texto perfeito", da "gramatica impecável" e das "várias camadas de interpretação". No final das contas, para concluir que a função do escritor, amador ou profissional, é contar histórias da melhor forma que ele souber. Nesse processo redescobri o prazer em criar personagens e colocá-los em situações complicadas e dizer "ok, se vira aí!".

Não gosto muito de falar sobre mim, devo ter uma falha no ego que Freud certamente explicou em algum livro, e consequentemente, não me sinto à vontade em explicar meu processo de criação porque eu mesma não penso muito nisso. Minhas histórias surgem de um emaranhado de filmes, livros, conversas de bar, noites de insônia, músicas e todo o resto ao redor. Cada personagem tem um rosto para mim que vai ser diferente do rosto que vocês vão imaginar, das roupas e voz que darão a ele. Não existe um sentido verdadeiro, o que eu escrevi como um drama pode ser uma comédia para alguns e terror para outros, e é aqui que está a graça da coisa toda, cada um trazer a sua própria verdade para a história. 

Também quero agradecer todo mundo que me acompanhou até aqui. Muito obrigada pelos votos, comentários, por colocarem o OPEN nas suas listas de leitura e fazerem com que chegasse ao 12º lugar na categoria contos. E um agradecimento especial ao amigo @wanmoura que me dava o maior apoio moral para continuar.    

Ah sim, uma curiosidade: o OPEN 24H quase se chamou "A Perfect Love" e "Lasanha para um" em homenagem aos artistas que me inspiraram a fazer um projeto solitário e descompromissado. Mas o Bom Senso me iluminou na última hora e percebi o quão ridículo seria tentar explicar esses nomes posteriormente, partindo do princípio que a maioria das pessoas não assistem comédias da Nova Zelândia e não entenderiam as referências de cara.

Bom, se alguém quiser dizer mais alguma coisa ou fazer perguntas, pode deixar nos comentários. No mais, era isso. Até a próxima!




OPEN 24HWhere stories live. Discover now