Pra Quê?

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×Visão de Rodrigo

Mesmo não confiando em Ethan, eu podia aproveitá-lo, certo? Aproveitar o toque das suas mãos pelo meu corpo, os beijos longos e delicados pelo pescoço, sua respiração ofegante e o jeito como ele parecia perder completamente a cabeça quando beijava a minha boca.

A única coisa verdadeiramente sincera que eu sabia que ele sentia por mim era de fato o desejo. Ele sempre me tocava de mãos cheias, com força, passando elas por cada milímetro do meu corpo – e eu não só gostava, como incentivava que ele fizesse isso cada vez mais. 

Estávamos no banheiro do segundo andar da casa de Amanda e o beijo estava delicioso. Ethan brincava com meus lábios, colocando a língua dentro da minha boca regularmente. Eu estava sentado sobre o balcão da pia e ele no meio das minhas pernas me puxando para si sempre que podia. As mãos de Ethan eram grandes e corriam pelas minhas costas. Ele as vezes passava a unha, apenas para me fazer arrepiar.

– Quero que saiba que eu não confio em você. — digo e ele me olha, franzindo a testa e sorrindo um sorriso malicioso em seguida, mordendo meus lábios mais uma vez.

– Não deve, vai acabar se magoando. — começo a olhar a barriga de Ethan, aquela barriga definida que me deixava hipnotizado. — O que foi? Quer tocá-la? Pode passar a mão. Já te mapeei inteiro, sou seu agora, pode me tocar o quanto quiser.

Ethan volta a me beijar e pega minha mão. Segurando ela, ele passa por sua barriga, mas desce mais até chegar em seu membro. Eu me assusto e vou um pouco para trás, soltando minha mão da mão dele.

– O que foi? Assustei você? — Ethan pergunta.

– Acho melhor eu descer, podem sentir minha falta. — peço licença com as mãos, mas Ethan não sai da minha frente.

– Não, ninguém vai. E eu já entendi. Prometo não fazer mais. — é o que ele diz e eu continuo olhando-o de forma seria. — É sério, Rodrigo.

Ele vem beijando meu pescoço e eu deixo minha cabeça cair para trás. Ele continua, passando a boca por ele e beijando até voltar até meu rosto, puxa meu queixo e quando chega na minha boca volta a me beijar.

Aos poucos meu corpo que antes estava rígido por causa do susto que ele me deu, volta a relaxar completamente. Quando Ethan começa a passar seu dedo indicador pela minha nuca, descendo pelo caminho da minha coluna, todo meu corpo se arrepia e eu começo a perder até mesmo o controle da minha respiração. 

– Como você faz isso? — pergunto, entre os beijos e Ethan para, me olhando em seguida.

– O que?

– Meu corpo só responde você... — digo e ele solta uma risada baixa, negando com a cabeça.

– Tira a blusa. — pede, sorrindo, e eu olho para ele assustado. — Pode ficar tranquilo, só vou te mostrar uma coisa.

Eu tiro a blusa, ainda inseguro com meu corpo e ele começa a beijar meu pescoço, dando leves mordidas por ele e começa a descer. Ethan beija e morde meus mamilos, começando a me excitar. Ele parecia saber exatamente o que estava fazendo e isso me deixa ainda mais louco. Ele brinca com meu corpo com uma exatidão que eu não sei se fico assustado ou agradecido.

Todas as vezes que eu estava mostrando excitação genuína ele volta e me beija na boca, controlando-a completamente. Naquele momento era como se ele estivesse testando para ver até onde conseguia fazer com que eu perdesse totalmente a cabeça por ele. Me sentia completamente manipulado, mas assumo que gostava demais da sensação. 

Isso, porque me entendi como gay há muito tempo, mas nunca pensei que teria liberdade o suficiente para fazer o que queria com quem queria – principalmente pelo meu pai sempre deixar claro que iria precisar que eu tivesse uma família, um filho e por aí vai. É óbvio que para ter uma família e filhos eu teria um universo de possibilidades, mas pra ele a questão mais tradicional – se é que me entende – era a mais importante. Ele precisava que eu desenvolvesse uma família margarina urgentemente. 

Na Minha Própria Mira (Romance Gay)Where stories live. Discover now