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Valentina

Depois que fui transferida do calabouço do castelo por quase botar fogo na cela, me bateu uma tristeza um desespero mas logo conclui que seria uma boa oportunidade de comprovar se o meu pai poderia estar aqui já que não estava na outra prisão.

Enxuguei minhas lagrimas e tratei de chamar um dos guardas que vigiavam.

- guarda, guarda. - Gritei para que pudesse me ouvir melhor.

- pois não, o que você quer? Diga logo pois não posso ficar de papo com os presos!

- sim vou ser breve, por acaso aqui teria algum preso chamado George Valentino? - Ele me olhou confuso e gritou alto para que todos pudessem ouvir.

- ai gente, aqui tem alguém chamado George Valentino? - Se formou uma algazarra mas não tinha  nenhum George ali.

- desculpe mocinha mas não temos nenhum George por aqui!

- e nas outras celas? - Ele revirou os olhos, fez com que a bagunça parasse e voltou a conversar comigo.

- bom tem um George, mas não com esse sobrenome!

- pode me levar até ele ou trazê-lo por favor? - Ele pareceu se enfurecer saindo de perto e indo embora, já vi que não vai me ajudar.  Algum tempo depois e ele volta com um homem que aparenta ter uns 50 anos uma barba não muito grande, cabelos grisalhos, olhos castanhos, de um bom porte físico.

- e este o George que temos aqui, é o que a dama procura? - Perguntou o guarda segurando os braços do homem para traz.

- não! Não é ele! Mas muito obrigado por atender meu pedido. - Ele fez um sinal positivo com a cabeça e foi levar o preso para sua devida cela.

Queria mesmo que fosse ele mas infelizmente não era, agora mais do que nunca eu precisava sair desse lugar, olhei para Steven que estava a observar tudo com um olhar confuso.

- eu quero sair daqui!

- todos queremos minha querida! - Stevens estava calmo com tudo aquilo, como podia estar calmo? Eu não estava calma, parecia que eu iria explodir por dentro.

- eu vou sair daqui custe o que custar.

- por que você não explode a cela como da outra vez? - Diz Steven meio ansioso, descruzou seus braços vindo até mim me segurando nos ombros.

- sim valentina faz como da outra vez, dai quando eles forem fazer a transferência a gente foge. - No começo achei arriscado mas como não aguentava mais tudo o que estava acontecendo aceitei.

- e quando executaremos o plano? - Ele me soltou para pensar um pouco.

- e porque não agora! Já está quase anoitecendo esse é o momento em que eles trocam de turno e alguns demoram a chegar. - Nossa, ele sabe muito daqui em tão pouco tempo que cheguemos. Concordei.

- então se afastem vou provocar um incêndio aqui dentro.

Todos os que estavam perto de mim saíram mais para longe me deixando no centro me concentrando já podia sentir o meu corpo queimar. Toda aquela energia estava vindo Ergui minhas mãos um tanto baixas e logo o chão já estava completamente em chamas, então começamos a gritar por socorro, Steven deixou uma das tochas no chão para não levantarem suspeitas sobre nós. Não demorou muito para que os guardas chegassem com as chaves abrindo a grade fazendo com que todos que alí estavam saíssem as pressas, uns que estavam lá comigo trocaram golpes com os guardas que acabaram no chão. Saí logo de lá mas vi que alguem apagou o fogo afinal se não fosse apagado seria uma tragédia, pois o fogo se alastrava rapidamente pelas celas por isso até esvaziaram as que ficavam próximas, depois disso, entrei na floresta correndo desesperada corria o mais rápido possível. Quando estava bem longe vi que alguem havia me seguido mas como já era de noite não deu para ver exatamente quem era. Me apoiei em uma das árvores para descansar, quando ouvi uma voz que não me era estranha.

- corre...- Tive um susto mas era apenas Steven tentando me assustar.

- que susto, quer me matar é? – Ele olhava rindo da minha cara.

- valentina você é uma figura. Que se não fosse tão boa seria a mais malvada de todas, porque poder para isso você tem. - Rimos com o seu comentário sem noção.

- e então para onde pretendesse ir? - Diz me olhando fixamente.

- ainda não sei! Mas acho que vou fazer uma surpresinha para alguém você vem comigo? - Ele concorda. Eu só queria ir para casa e ver minha família, mas ainda não podia, tinha que fazer uma coisa antes.

- por acaso sabes o caminho para Somália? - Steven me olhou confuso mas confirmou.

- porque queres ir para lá? - Ele estava sendo bem curioso.

- quando chegarmos saberá. Então vamos.

JK Johnson

Enfim hoje é segunda o dia da audiência. Não sei o que vai acontecer mas espero que seja o melhor para mim. Já estou pronto para sair quando um guarda me aborda.

- e então o que aconteceu agora? -
Ele parecia com medo de alguma coisa, estava tão nervoso que mal lhe saiam as palavras.

- vamos, diga logo não tenho o dia todo!

- a menina fugiu! - Agora quem ficou nervoso fui eu.

- de quem está a falar?

- valentina senhor! - Ela explodiu a cela e fugiu levando com ela boa parte dos prisioneiros.

- como assim? E os guardas? E os presos?

- bom senhor, tudo aconteceu em um horário de pouco movimento dos guardas, e os presos eles não fugiram com ela, se espalharam em meio a floresta. - O guarda parecia nervoso mas com razão naquela prisão estavam também aqueles que matavam e roubavam e isso era o mais perigoso.

— Mandem reforçar a guarda na fortaleza e também busquem pelos perigosos o restante decidimos depois da audiência.

- sim senhor.

Ele saiu com os demais guardas. Fiquei apreensivo, mas tenho que ir e o destino deste reino que está em jogo. Saímos a cavalo sendo escoltado por mais 5 cavaleiros que faziam minha proteção.

O caminho era longo e belo repleto de arbustos e árvores verdejantes, passamos por um riacho que ao meu ver era sem igual com uma cachoeira realmente uma paisagem belíssima depois do riacho logo chegamos em Somália um lugar lindo bem arquitetado ruas em perfeitas condições, muitas residências e carruagens pelo caminho. Me surpreendi ainda mais quando vi o hospital era regido por magistas mas vejo que para eles não era problema nenhum sou eu que sou um tanto amargo mesmo.

Continua...

A feiticeiraWhere stories live. Discover now