Yoongi

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Min.

Min Yoongi.

Só o próprio sabia o peso que era carregar esse nome. A vida na escola tinha sido uma pequena amostra de como seria a vida adulta. Era sempre o aluno preferido pelos professores e odiado pelos colegas. Era o que todas as meninas queriam namorar, era o que todos os meninos odiavam. Não que se importasse, nunca gostou muito de pessoas, só lidava com elas por obrigação.

Na faculdade não havia sido diferente. Perdeu a conta de quantas meninas haviam passado a noite em seu quarto e quantas vezes foi absolvido por tais traquinagens. Seu pai sempre resolvia tudo com um talão de cheque em mãos. Era assim com seus irmãos também. Sun-Hee, a mais nova, nunca lavara um prato. Yura, seu irmão mais velho, nunca trabalhara na vida. Tinham absolutamente tudo que queriam a um choramingo de distância.

Yoongi, então, havia se tornado exatamente o que todos previam: um playboy mimado e imaturo. Mas isso não parecia ruim pra ele. Continuava agindo de forma impulsiva, fazendo só o que queria, partindo corações de garotas ingênuas ou gananciosas demais e vivendo a sombra de seu idolatrado pai.

Min Yasar era o dono da maior empresa de tecnologia avançada da Coréia do Sul. Um dos homens mais respeitados e ricos do país, alguns arriscavam dizer que ele era poderoso assim em toda a Ásia.

Min Kiory, mãe da prole Min, havia desistido do jogo anos antes, quando descobriu que o marido e sua irmã mantinham um relacionamento às escuras. Kiory já tinha motivos o suficiente pra sair desse ninho de cobras, mas esperou até que seus filhos se tornassem mais independentes e, quando Sun-Hee completou seus 19 anos, ela foi embora sem olhar pra trás. Não pertencia àquele mundo e sabia disso. Havia se casado muito nova e por capricho de seu pai, que acreditou estar fazendo um bom investimento.

Diante de tal situação, Yoongi jurou pra si mesmo que nunca amaria ninguém. Não fazia sentido em sua cabeça atordoada. Seus pais eram seu maior referencial do que um relacionamento deve ser, mas ele viu tudo isso desabar quando sua mãe se foi. A dor e a mágoa tomaram o lugar da esperança e tiraram dele a vontade de encontrar alguém e construir uma vida em união.

Não... Aquilo não era pra ele.

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