the empire

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-Aqui, senhorita.

Aurora agradeceu pelo café e seguiu o irmão pra fora do estabelecimento. Os dois caminhavam pelas ruas movimentadas e observavam as pessoas ao redor. O coração da menina se sentia em paz ao lado do irmão, nada no mundo a alegrava mais que o sorriso de Jaden.

-E então? -Jaden começou. -O que quer fazer agora?

-Tudo que não pude fazer por causa desse casamento. -Aurora disse enquanto rodava a aliança dourada e delicada em seu dedo.  -Quero ir pra Londres.

-Foi o que pensei. -Jaden riu. -Adoraria ir com você, mas não quero atrapalhar seus planos de conhecer um inglês que vá dividir o sótão de uma livraria com você.

-Meu Deus. -A menina riu. -Você ainda lembra disso?

-E tinha como não lembrar? Você passou anos encanada com essa utopia.

-Não é uma utopia se pode se tornar verdade.

Os dois pararam onde um homem sentado no chão tocava violão e cantava. Tinha um chapéu preto a sua frente. Aurora tirou algumas notas do bolso e jogou dentro do chapéu.

-Eu quero mesmo que você vá. -Jaden disse quando a irmã voltou pra perto. Puxou-a pra um abraço apertado e beijou sua cabeça. -Quero que esse resto de ano seja o melhor da sua vida.

-Eu também. -Ela suspirou contra o peito do irmão. -Quero me desligar desse mundo aqui, sabe? Esquecer dos últimos meses...

-Eu te dou todo apoio.

Os dois voltaram a andar.

-Já começou a encaixotar suas coisas? -O homem perguntou.

-Não, mas o Scott vai lá essa semana pra me ajudar. Eu quero separar algumas coisa pra doar também. 

-Faz isso, boa samaritana. 

-Quando você sabe a dificuldade que é ter coisas básicas, dar se torna mais fácil.

-Papai costumava dizer isso.

Aurora encarou o irmão com desdém.

-Ele mudou muito. 

-Nem tenta defender. -A menina bebericou seu café. -Ele pode até ter sido um cara legal em algum momento da vida, mas a gente sabe que isso acabou faz tempo.

-Isso é muito bizarro. -Jaden completou. -Ele devia ver um psicólogo.

-Todos na família deviam. Inclusive eu.

-A gente providencia isso, pequena.