A Mente de um Psicopata

993 112 115
                                    

Sana quis gritar, mas a única coisa que saía de sua boca eram ruídos abafados pelo pedaço de pano encardido que cobria sua boca.

_Parece que agora você quer conversar, sinto muito querida o tempo já acabou - disse em um tom de sarcasmo.

Ele desapareceu por um tempo deixando Sana sozinha. Ela olhava para todos os cantos do quarto à procura de algo que pudesse usar para se libertar. Mas não viu nada além móveis encardidos, muita poeira, teias de aranha e insetos mortos no chão. Por um momento pensou em Tzuyu, que deveria estar morta de preocupação pelo jeito desesperado com que procurava saber do seu estado na ligação. Eram tantas perguntas sem resposta que rondavam sua cabeça e depois que ouviu a conversa dos dois no telefone sabia que a situação era muito pior do que imaginava. Pensou também em Dahyun e Jihyo, que em seus pensamentos mais positivos deveriam ter chamado a polícia e estariam procurando por ela nesse exato momento. Queria acreditar que iria sair dessa logo, mas sempre havia aquela vozinha irritante no fundo da sua cabeça dizendo para acordar e que agora ela estava por si só, e que não havia Dahyun, Jihyo ou Tzuyu nenhuma para salvá-la.

Não tinha ideia do motivo pelo qual Mark escolheu justo ela como moeda de troca. Tentou vasculhar memórias daquele dia em que o viu pela primeira vez, e que Tzuyu a salvou das garras dele. Os dois deveriam ter uma ligação desde aquele dia. De repente uma velha conhecida voz ressurgiu em sua cabeça.

"Elas não vão te procurar, você está sozinha"

Ela ouviu o som de alguém assobiando se tornar cada vez mais alto e deduziu que Mark estava voltando.

"Se estivesse me escutado desde o começo isso não teria acontecido"

_Pare de falar comigo!! - era o que ela desejou ter dito, mas apenas grunhidos sem sentido saíram da sua boca.

_Está conversando sozinha? - indagou ele, passando pela porta puxando uma mesa enferrujada com rodinhas.

Em cima dela estavam vários objetos desconhecidos por Sana, alguns cobertos com faixas velhas com sangue seco e outros pareciam estar mais inferrujados do que a própria mesa.

Mark Posicionou a mesa na frente de sana e se escorou nela cruzando os braços.

_Quer saber o que é isso? - perguntou ele após perceber o olhar questionador da garota.

Sana obviamente não respondeu, mas continuou olhando para a mesa tentando inutilmente identificar os objetos.

_Isso aqui são as ferramentas mais divertidas do mundo, roubei do meu chefe, ele já não usava há um bom tempo na verdade, então não acho que não vai fazer falta

Ele deu a volta contornando a mesa e pegou alguns objetos para mostrá-la de longe e depois os colocou de volta no lugar.

_Você sabe porque está aqui, certo?

Sana balançou a cabeça negativamente.

_Uma pena que a Tzuyu não tenha te contado, acho que eu vou fazer esse favorzinho pra você

Ele apoiou as duas mãos na mesa olhou fixamente em seus olhos.

_Sua namoradinha, é uma mafiosa perigosa, e quando digo perigosa, quero dizer que ela é literalmente a chefona da máfia

Sana arregalou tanto os olhos que as órbitas poderiam ter saido do lugar.

_Surpresa? Pois é, tenho certeza de que você deve ter desconfiado alguma vez, afinal não é facil esconder uma coisa dessas, mas enfim, a questão é que ela irritou muito o meu chefe, que por acaso fabrica e vende armas, mas isso não vem ao caso agora. Ela explodiu um depósito inteiro com todas as armas encomendadas por outra pessoa tão poderosa quanto a própria Tzuyu, dando um prejuízo de milhões pra ele

Psycho Love (SaTzu)Where stories live. Discover now