É tudo uma questão de negócios

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_Você tá de brincadeira, né?

_Quê? Não! Eu estou falando muito sério!

Era difícil para Tzuyu acreditar que Sana estava ali na sua frente praticamente pedindo para terminar de arruinar a sua vida se envolvendo com nada mais nada menos que a máfia.

_Nem pensar! Você tá doida? É um risco para nós duas!

_Claro que não! Ouça, Tzuyu, é a maneira mais rápida de eu conseguir achar o assassino dos meus pais!

_Então é isso? Assassino dos seus pais? Porque você não tira isso da cabeça de uma vez por todas?

Sana mostrou ter ficado incrédula, Tzuyu ao perceber seu erro, tentou rapidamente consertar:

_Quero dizer, deixe isso com a polícia! Você ouviu aquela nojenta da Nayeon não é? Ela vai investigar isso

_Você não entende! - Sana agarrou o moletom de Tzuyu e aproximou o rosto dela dos seus olhos faiscantes. - Eu não vou descansar até ter acabado com a vida daquele desgraçado, até ter o sangue dele derramado em minhas mãos, até ter a certeza de que a sua existência miserável não exista mais por minha causa!

Naquele momento Tzuyu teve a certeza, ao olhar para aqueles olhos repletos de ódio e sede de vingança, que a sua Sana de antes jamais voltaria. Sentiu a corda invisível no seu pescoço apertando cada vez mais, jamais imaginaria que a garota estivesse tão obcecada em encontrar o assassino de seus pais desta forma. Mal sabia que estava frente a frente com ele. O que aconteceria se ela descobrisse? Nunca mais olharia em sua cara, ou até na pior das hipóteses, seria morta. Não, Sana não seria capaz de fazer uma coisa dessas por vingança. Seria?

Tzuyu só tinha duas opções; deixá-la seguir seu caminho mas tomando as devidas precauções, ou impedir que isso aconteça para evitar futuras discórdias. Ela escolheu então, a opção que naquele momento parecia mais viável.

_Não

_Não o quê?

_Pode esquecer, não vou lhe envolver nisso

Tzuyu podia jurar que o rosto de Sana estava começando a ficar vermelho.

_E porque não?!

_Por milhares de motivos

_E quais são?!

Tzuyu ficou em silêncio. Manter a boca fechada naquele momento parecia ser uma boa ideia.

_Olha só para você - Sana disse baixinho - está escondendo as coisas de mim outra vez

_Quê?! Não!

_Então me diz qual é o problema! Você acha que eu não sou capaz, é isso?

_Não! Quer dizer, também, me diga Sana, você ao menos sabe segurar uma arma?

_Eu não gosto de armas

_Está vendo?! Me diga se eu não tenho razão!

_Eu prefiro usar facas

Tzuyu sentiu um arrepio na espinha, aquela fala a lembrou de alguém que não deveria em hipótese alguma habitar seus pensamentos mais. Por algum motivo pensou que a firmeza na voz de Sana em dizer aquilo dava indícios de que aquela escolha peculiar vinha de suas experiências anteriores.

_Sana, há muita coisa jogo! Até agora são poucos os que sabem que você está comigo de uma forma mais...íntima. Porque você acha que eu não disse detalhes sobre você ou nem mesmo seu nome para nenhum dos meus empregados exceto o porteiro até agora?

_Mas todos aqui são de sua confiança! Eu não entendo...

_Não mais, tem alguém infiltrado aqui passando informações pessoais minhas para os meus inimigos, é outro motivo pelo qual de agora em diante você não poderá mais ficar zanzando por ai sem a minha companhia

Psycho Love (SaTzu)Where stories live. Discover now