Dia 3

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"3- uma gênero que você nunca tenha escrito antes"

O caldeirão explodiu em tons de roxo e dourado, não pela primeira vez. O jovem rapaz responsável pela catástrofe resmungou em pura frustração, alto o suficiente para sua mestra advertir.

"Acalme-se, Oliver" a mais velha falou, com um tom esbanjando uma paciência que chegava a irritar os ouvidos do menino. "Ninguém acerta de primeira. Quase ninguém."

"Essa é a quinta vez!" ele riu amargamente, aceitando a toalha que a mulher fez voar em sua direção.

"Ah, nem todos acertam de cinco tentativas" a piadinha não ajudou no humor do outro. Na verdade, se havia como ser pior, então piorou. "Cada um tem seu tempo. O importante é persistir e manter a energia alta, ou você nunca avançará."

O discurso de sempre, tão fácil para ela falar e tão difícil para ele por em prática. Em momentos normais, ele rebateria e os dois entrariam em uma discussão demorada. No entanto, naquele específico momento, ele estava cansado demais para qualquer coisa. Aliás, estava exausto.

"Podemos treinar outra coisa?" ele pediu.

Você ainda não acabou, ele ouviu em sua mente. 

"Eu já disse para não fazer isso!" reclamou, o garoto, com seu cenho franzido em fúria.

A mulher levantou uma de suas sobrancelhas ruivas, um claro desafio. Para ele, bastou. Era competitivo, teimoso e orgulhoso demais para carregar aquele desaforo para casa. Tomando uma respiração profunda, ele juntou em seu peito toda aquela força agressiva que fervilhava sua pele, sentiu a energia se concentrar dentro de si. Então, com um pouco de esforço, ele a dominou.

Eu já disse para não fazer isso. Foi a vez dele sussurrar na mente de sua professora. Assim que feito, o menino desanuviou a face, arregalando bem os olhos. Havia conseguido. Um truque fracassado em suas muitas tentativas ao longo da semana, havia conseguido.

"É, você só precisa de um empurrãozinho" ela quase sorriu ao constatar. A própria vontade de sorrir foi embora tão rápida quanto veio, espantada pelos pensamentos preocupados em sua cabeça. Um bruxo com talentos tão fortes e que apareciam apenas em situações de ódio era algo raro. Tão raro quanto perigoso.

Enquanto a outra o observava e devaneava, o garoto aproveitou o ímpeto de sua vitória para tentar o feitiço da vez. Juntou os ingredientes um a um no caldeirão, trazendo-os e sem que precisasse tocá-los com as mãos e com certa maestria, este era um dos poucos truques já dominado. Então, concentrou-se da mesma forma que antes para sussurrar as palavras necessárias:

"Amazon taurus."

O conteúdo líquido que ele via começou a vaporizar, as cores vibrantes iluminaram o ambiente, a cena era semelhante a uma aurora boreal dentro da sala. A fumaça aumentava, cada vez mais intensa, cada vez mais brilhante. Até que se dissipou e apenas uma pedra vermelha, incomparável a qualquer coisa que o menino tenha visto antes, pairava sobre a caldeira.

Não precisou a mulher ordenar, ele trouxe a pedra para si, analisando-a com muito deslumbre.

"Plante quando chegar em casa" ela falou, ignorando o olhar duvidoso do garoto em sua direção após ouvir as palavras. "Acabamos por hoje."

[📝] 


|Notas: Puta merda, que desafio difícil do caraca. A dificuldade já começou em achar um gênero que eu nunca tinha escrito. Dois dias de procura e o resultado foi fantasia. Acho que nunca escrevi, apesar de ter vários plots do gênero nas minhas listas. Caso alguém ache por aí um escrito de fantasia antigo meu, vou negar. Enfim, MAIS UM CONCLUÍDO. Atrasada? Tô nada.

Ps.: Que merda foi essa que eu escrevi aí em cima? Não sei, um clichê qualquer, de repente.






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