Contos Eróticos

Natália a aluna

    Natália, é o nome da minha aluna, é o nome que anda me atormentando a alguns meses, desde que entrei nessa escola para ser preparador físico do time; e como o colégio estava em falta de professores de literatura, e eu sou formado em literatura espanhola, juntei o útil ao agradável e comecei a dar literatura espanhola como matéria adicional, so ia os alunos que realmente se interessavam pelas aulas; e sim, a loira fazia questão de estar presentes em todas elas para o mal de minhas faculdades mentais.
     Aqueles olhos azuis que ora águas cristalinas pacíficas ora águas oceânicas turbulentas não saem da minha cabeça, aliás da cabeça de cima e da cabeça de baixo, e já imagino como seria aqueles lábios pequenos e rosados na volta do meu p... Sou desperto dos meu devaneios com três batidas na porta da sala de educação física; Luís, um dos meninos do time me pergunta se irei dar aula de literatura ainda; dou um leve aceno com a cabeça e ele fecha a porta. Bato com minha testa na mesa já prevendo a frustração que vai ser a aula, já que a menina de cabelos loiros e olhos claros estará lá.
     Levanto da minha cadeira e tranco a porta; paro na frente do espelho e começo a tirar a minha roupa de treino; depois que tiro tudo, olho meu reflexo no espelho, sempre me achei um homem bonito, negro de olhos claros, e talvez as pessoas de fora que não me conhecem me achem um homem bruto, pelo meu tamanho de 1,92 m, e a musculatura devido ao meu treinamento físico e ao trabalho. Mas também tenho bom gosto, por isso me formei em literatura; quando eu não estava lendo eu estava praticando algum esporte, ou assistia minha mãe dar aulas de dança; ah minha mãe, uma linda mulata brasileira e minha origem espanhola vem do meu pai, branco de olhos claros idênticos aos meus.
     Afasto as lembranças e começo a colocar a roupa adequada pra aula de literatura me preparando psicologicamente também. Saio em rumo ao corredor da área de linguagens e entro na penúltima sala dando bom dia aos meus alunos, e claro correndo os olhos pela sala atrás da minha loira; ela esta de cabeça baixa em sua classe de olhos fechados. Suspiro e sento atrás da minha mesa, pego o livro de Carlos Ruíz Zafón, um romancista espanhol do séc. passado, que muitas vezes cita escritores e romancistas em suas histórias, como Alexandre Dumas em a obra "O Conde de Montes Cristo"; e principalmente chama a atenção dos alunos.