Conto 5: Desejos da Vida

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Olho para Rodrigo que caminha sério atrás de mim pelo jardim de entrada da escola; ele esta concentrado olhando o perímetro com a sua cara de mau habitual, que faz eu temer por mim, mas que me deixa latejando, e isso é tão confuso. Seus olhos sobre caem em mim; olhos escuros como a noite me encaram com apresso, ou pelo menos eu imagine isso, já que eu desejo tanto que ele me deseje.

Talvez seja só minha imaginação mesmo, não sou uma mulher interessante, estou acima do peso, e sou desprovida de feminilidade. Respiro fundo e caminho rumo a porta da escola onde sou professora voluntária. A escola primária Ruth Almeida foi inaugurada à um ano, mas devido a falta de professores por causa da pouca verba do estado, ela ficou fechada por quatro meses depois da inauguração; mas uma alma solidária fez uma campanha para conseguir doações e voluntários para trabalhar na escola, e a campanha foi um sucesso. E eu vi uma oportunidade de levar a educação pra quem mais precisa, e ainda de quebra me ajudaria na faculdade de pedagogia.

Eu sou a quinta de cinco irmãs, ou seja a mais nova e a mais sem sal, já que minhas irmãs são verdadeiros monumentos do sexo feminino. Eu sou a única que decidiu ter uma vida mais modesta digamos assim, e a única também que decidiu seguir uma carreira mais simples, entre, medicina, arquitetura, direito e administração, eu escolhi pedagogia, o desgosto da família segundo meu avô. Quando minha irmã mais velha, a Agatha, ficou sabendo que eu tinha me voluntariado, foi um deus nos acuda. Ela hoje administra as empresas de segurança da nossa família, a Bastos. E apesar de eu já morar sozinha e ter minha independência, ela impôs que eu tivesse o melhor segurança da empresa,eu tentei argumentar mas ela não deu espaço pra discussão. Rodrigo além de meu segurança é meu motorista, já qua a Agatha "disponibilizou" um dos seus carros pra mim, alegando que seria mais seguro. E eu não posso reclamar das minhas irmãs, já que sempre me apoiaram em todas as minhas decisões.

Paro em frente a porta da escola e me viro pro Rodrigo, não o olhando nos olhos:

"você não precisa me acompanhar dentro da escola."

Falo esperando que ele diga alguma coisa, mas ele continua calado; olho em seus olhos escuros e troco meu peso de um pé pro outro desconfortável com ele me encarando. Seguro seu olhar com uma falsa firmeza pra assegurar que tenho certeza do que estou falando; uma sombra passa por seus olhos, e eu fico com um pouco de medo, mas continuo a segurar seu olhar, engolindo em seco disfarçadamente, ou pelo menos tentado. Ele arqueia sua sobrancelha direita me encarando; começo a ofegar mais forte, e seus olhos caem pros meus seios, mas rapidamente ele olha em meus olhos de novo; e eu dou um sorriso de lado sem conseguir me conter. A euforia me consome, mas mantenho meus pés no chão. Nunca que um homem desse me olharia.

Ele da um leve aceno com a cabeça se virando de costas, e segue para o estacionamento. E eu solto a respiração que nem tinha percebido segurar; e apesar de sentir o tremor de medo do Rodrigo, a minha calcinha esta encharcada. Mas a realidade bate em minha cara, e percebo que não sou nem um pouco interessante para os homens, ou melhor para o Rodrigo; suspiro com pesar e vou dar minhas aulas.

Saio da escola renovada depois de dar aulas pras crianças; abano meus pequenos com carinho, e caminho rumo ao estacionamento atrás da minha mais nova paixonite, que por algum milagre não esta atrás de mim. Percebo que o tempo esta se fechando, talvez venha chuva a noite; Caminho perdida em pensamentos sobre meu tão desejado e mal humorado segurança, quando bato em algo solido e macio; olho pra "parede" a qual bati e me deparo com um terno, olho pra cima e vejo olhos escuro me olhando com uma expressão estranha, engulo em seco e escuto ele falar com sua voz baixa e rouca:

"Você deve sempre esperar por mim dentro do prédio."

Ele fala praticamente me ameaçando, e muito calmo, como se estivesse falando com uma criança. Sua boca mal se mexeu quando fala; seu rosto não demostra nada alem da sua costumeira carranca. Parece que alguém aqui não gosta de ser desobedecido. Eu desvio meu olhar do seu, olhando para meus pés; balanço a cabeça em afirmação desviando dele, caminho apressada em direção ao carro, quando eu estou quase um metro do mesmo, sinto uma enorme mão em meu braço, segurando-o com força. Rodrigo me puxa contra ele, me pressionando com seu corpo, fazendo com que eu caminhe para trás ate minhas costas baterem no carro.

O encaro confusa e trêmula, e seus olhos caem em minha boca, que estão entreaberta; ele olha em meus olhos de novo, e eu vejo desejo ali, desejo. Não é possível, não consigo acreditar, tento sair do meio de seus braços antes que eu o intérprete mal, mas sou segurada com mais força, praticamente me debato contra ele: " pare de se mexer esta piorando minha situação." Ele fala encostado sua gigante ereção em minha barriga já que ele é muito mais auto que eu. Eu paro na hora, e o encaro sem reação, ele continua serio como se nada tivesse acontecendo. "boa menina." Ele diz passando seus dedos em minha Buchecha, e é impossível não fechar os olhos e apreciar aquele carinho que eu tanto quis, ele faz o movimento como se estivesse me recompensando por tê-lo obedecido.

Ele abaixa seu rosto na altura do meu pescoço e passa sua barba por fazer naquele local, me fazendo gemer de prazer. Um relâmpago soa ao longe e a realidade estapeia minha cara, saio dentre seus braços de surpresa, ofegante e morta de vergonha. "você pode por favor me levar pra casa?" Pergunto olhando pro outro lado, não deixaria que ele me visse fragilizada.

Quando ele não responde nada, eu o olho; e eu posso dizer que ele esta puto da cara, e ele fez questão de demonstrar isso pra mim. Confesso que fiquei com medo, mas entrei no banco do carona sem olhá-lo batendo a porta; respiro varias vezes fundo e largo minhas coisas no banco de trás. Vejo Rodrigo dar a volta no carro com passos duros e sua cara esta mais fechada do que a de costume; ele senta no banco do motorista e fecha a porta com violência, mas sai com o carro calmamente,nem parece o mesmo de segundos atrás; mas sei que ele ainda esta nervoso, o clima no carro é tenso. Vejo os nos dos seus dedos mais brancos do que de costume ele aperta o volante com força e troca a marcha com violência, uma violência bem erótica.

O encaro de canto de olho e vejo como é bonito, a pele super branca cabelos pretos assim como a barba e olhos escuros, misteriosos; não consigo nem acreditar que seu rosto estava agora a pouco enterrado em meu pescoço; suspiro so com o pensamento. Meus olhos caem em seu peito, e vão descendo ate parar no volume no meio de suas pernas; Jesus... Ofego não conseguindo desviar os olhos daquilo. Não que eu nunca tenha visto um, eu vi uma única vez, e eu não tenho boas lembranças. Mas pelo volume eu imagino q seja enorme; tento desviar meu olhar mas não consigo, engulo em seco e ele me olha sério. Ele diminui a velocidade do carro indo pro acostamento, e eu o olho confusa. " oque vc ta fazendo?" Pergunto a ele meio abobada; mas ele nada responde parando o carro no meio fio; olho pela janela, e já esta escurecendo, também vejo alguns pingos lá fora, olho para Ricardo que agora esta me olhando, meus olhos desviam automaticamente para seu membro duro dentro das calças, e eu fecho os olhos me ajeitando no banco do carona, eu estou molhada so de olhar para ele. Sinto um toque em meu rosto e acabo abrindo os olhos me deparando com uma intensidade escura; Rodrigo pega minha mão e a leva ate sua dureza fazendo com que eu o pegasse, sua mão continua em cima da minha que esta em cima da sua ereção; ele continua me olhando enquanto eu molho minha calcinha ainda mais. " preciso senti-la." Ele diz esfregando seu rosto no meu. E eu balanço a cabeça em confirmação, minha mão que estava em seu pau agora esta em meu colo, ele se ajeita no banco do motorista, o fazendo inclinar para trás, ele solta meu cinto me pegando pela cintura e me puxando pro seu colo; fazendo com que eu sente em sua ereção, eu rebolo em seu colo timidamente soltando um gemido; meu vestido que é longo esta todo embolado na minha cintura. Rodrigo leva sua mão até meu ombro esquerdo e desce a alcinha do meu vestido expondo meu top tomará-que-caía, ele vai pro ombro direito e faz o mesmo; ele abre meu top na parte de trás e o joga no banco de traseiro; ele leva um dos meus seios em sua boca e chupa levemente fazendo o mesmo movimento no outro; meus quadris não param em seu colo, me esfrego nele sem pudor. Sinto como ele esta duro em baixo de mim, minha intimidade pede alívio. Mas tenho medo que isso seja uma brincadeira de mal gosto, ou talvez um sonho, sei lá. Meus pensamentos são interrompidos quando ele esfrega meu clitóris com seus dedos, minha calcinha não existe mais, agora é so um pedaço de pano rasgado em cima do banco do carona.

Mordo o lábio inferior para conter um gemido mais alto quando o sinto apertar meu clitóris e passar os dentes de leve no bico do meu seio. Acabo gozando tão fácil que sinto até vergonha. Sinto a perda do seu toque quando suas mãos saem do meu corpo para abrir sua braguilha; e isso me da tempo de pensar na provável burrada que estou à fazer; será que eu viraria motivo de chacota entre os seguranças da empresa de minha irmã. Baixo meus olhos e penso na dimensão dos meus atos; sinto um toque em meu rosto e olho para Rodrigo: "eu nunca faria algo pra machucar você. Confie em mim!". Ele diz olhando em meus olhos me passando confiança; e eu decidi que dessa vez eu me entregaria aos desejos da vida.

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