VIII. A Verdade!

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— Não Kara, eu não sou casada! – disse Lena se arrumando e descendo da mesa.

— Então você pode me explicar o que foi aquilo? – perguntei calmamente.

— Eu estou me divorciando – disse ela limpando o batom borrado.

— E por quê? – perguntei enquanto ela caminhava até mim.

— Porquê ele me traiu! E eu não aceito traição – disse ela limpando o batom borrado da minha boca.

— Entendi – digo olhando naqueles olhos profundamente verdes.

— Você pareceu um pouco assustada com a possibilidade de eu ser casada, acho que você também não gosta de traições certo? – perguntou ela sorrindo, melhor eu não contar sobre aquilo.

— Não, tenho certo trauma disso! – digo apenas.

— Foi traída também? – perguntou ela.

Não! Eu era a amante!

— Tecnicamente – digo.

E antes que ela questionasse o porque meu celular tocou. Era Lexie.

— Oi – de.

— Minha mãe tá ai? – ela perguntou do outro lado da linha.

— Ela acabou de chegar da reunião, que demorou mais que o esperado, por que? - perguntei me fazendo de sonsa.

— Você não ouviu o recado que eu deixei? – disse ela.

— Não, eu fui buscar um café e me encontrei com a Sra. Luthor agora – digo rápido.

— Tá, pode passar para a minha mãe? – disse ela.

E eu entreguei o celular para Lena.

— Diga Lexie – disse Lena.

Eu fiquei quieta apenas observando.

— Não, eu não quero o Jack na minha casa, se ele quiser comer comigo, mande-o marcar uma almoço com a minha Secretaria! – disse ela aparentemente brava.

— Se ele não gostar disso, o problema não é meu, não é mais o meu marido para que eu tenha que agrada-lo.

Elas conversaram mais um pouco e Lena desligou me entregando o celular.

— Me desculpe por isso – disse ela.

— Sem problemas - respondi.

— Vamos para casa já está no fim do expediente.

— Certo! - digo a olhando.

Arrumei minhas coisas e fui embora.
Não fui para a Mansão Luthor, fui para casa de uma amiga da família.
Toquei a campanhia e esperei, mas logo ela foi aberta.

— Oi – digo.

— O que você aprontou desta vez? – disse Cat

— Acho que me envolvi com Lena Luthor – digo.

— Entra, eu vou precisar estar bêbada para não te bater – disse ela caminhando para dentro.

Cat pegou uma garrafa de Whisky e dois copos, se sentou no sofá e olhou para mim.

— Pode começar! – disse colocando a bebida nos copos.

— Lena Luthor me contratou, ela vem fazendo investidas desde que nos conhecemos, mas ontem na casa dela, ela me beijou – digo bebendo um gole.

— E por que você tava na casa dela? – perguntou Cat confusa.

— Eu sou amiga da Lexie, e temos um trabalho da escola para fazer, então eu vou ficar na casa dela por duas semanas – digo.

— E aconteceu algo hoje né? – disse ela.

— Sim, eu perdi o controle e... Beijei ela, se o telefone não tivesse tocado, dúvido que tivesse recobrado a sanidade – digo pondo a mão na cabeça.

— Parabéns nos primeiros dois dias da semana você quase transou com ela, mas quem foi a desgraça que ligou? Eu teria ficado revoltada! – disse Cat.

— A Lexie, dizendo que o pai dela queria jantar com elas – digo bebendo o Whisky.

— Oh... Agora entendi, você achou que ia ser a amante de novo – disse ela séria.

— Não só isso, achei que ia destruir mais um casamento, que perderia mais uma amiga, mas no fim ela não é casada, porém não aceita traições... – digo tomando o resto da bebida.

— E você tem a completa certeza de que ela vai te repugnar porque você já foi a amante!

— Sim! Não sei o que fazer – digo a olhando.

— Vou aproveitar meu estado de bêbada e dizer a verdade, se ela gostar ao menos um pouco de você, ela vai entender o seu lado. Voce não tem culpa do que aconteceu naquela vez! Aquela mulher te enganou, e você se culpa por algo que é culpa dela, agora sai da minha casa, cria coragem e procura saber oque ela quer com você, se for sério, leva ela pra cama e mostra que melhor que muito macho.

— Okay – digo rindo.

— Agora tira essa bunda branca do meu sofá.

Me levantei e fui até a porta.

— Se nada der certo, eu volto! – gritei da porta.

— Nem pense nisso! – gritou ela de volta e eu fui pra mansão Luthor.

Assim que cheguei na mansão Luthor já estava um pouco tarde, entrei sem fazer barulho.

— Onde você estava? – Escutei a voz de Lena e a vi sentada na sala.

— Fui na casa de uma amiga – digo a olhando e me aproximando.

— Uma amiga? – questionou ela.

Se ela não me beijasse já diria que está sendo uma mãe, mas como não é o caso, é outra coisa.....

— Uma amiga da Família – digo, ela se levantou e veio até mim.

— Você está cheirando a álcool – disse ela.

— Eu só tomei um copo.

— Mas bebeu com ela – disse Lena.

— Está com ciúmes dela? – perguntei com um sorriso de lado.

— Não, apenas preocupada com você! – disse ela mas eu não acreditei.

— Certo! – digo.

— Isso não faz parte do feitio da melhor da aluna.

— Lena, eu sou a melhor aluna! Mas não sou santa! – digo a olhando nos olhos.

— Eu queria ver! – ela diz me olhando intensamente.

— Ver o quê? – perguntei.

— Esse seu lado, o que não se importa com as regras – disse ela com a boca entreaberta.

— Talvez você veja.

Lena me puxou pelo pescoço e me beijou já enfiando a língua em minha boca, e eu a segurei pela cintura.
Quando o ar fez falta ela encostou a testa na minha.

— Se a Lexie descobrir...

— Se a Lexie descobrir, ela não vai fazer nada! A vida é minha e ela é minha filha, não tem motivos para se meter ou opinar – ela disse próxima a minha boca, seu hálito batendo em mim.

— Certo... – digo um tanto inebriada.

Ela se separou de mim e subimos para o segundo andar.

Quando chegamos na porta do seu quarto, antes que eu seguisse para o meu ela me segurou.

— Se você quiser, pode dormir comigo.

E mais uma vez, eu me esqueci como se respira perto desta mulher.

CONTINUA...

Ai meu deus pronto, a criatividade faliu, fazer um empréstimo ali.

You Make Me Feel So High | SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora