XX. Milissegundos

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Eu estava sentada no sofá que havia no escritório de Lena enquanto ela estava encostada em sua mesa apenas me olhando, esperando que eu começasse o diálogo.

— Eu tenho algo a te dizer – comecei de uma forma simples enquanto segurava as mãos uma nas outra.

— Então por favor seja rápida, eu já te informei que gostaria apenas de tratar de negócios – ela falou rapidamente de forma ríspida.

— Eu e Imra...

— Kara... Não, Srt. Danvers – ela me chamou – eu não estou interessada em sua vida amorosa, então se veio para falar desse tipo de coisa, eu peço que se retire.

— Nós terminamos! Eu não podia ama-lá, não como eu amo você – falei olhando para ela seriamente.

— Kara, nós duas jamais vamos dar certo – ela falou cruzando os braços.

— Por que não? – perguntei sentido meu coração acelerar as batidas.

— Nós não conseguimos nos entender, não fomos sinceras uma com a outra e não lutamos quando precisávamos para manter o relacionamento – ela falou calmamente – nós não iríamos dar certo.

— A culpa é minha, não é? – perguntei sentido um aperto no peito.

— Não – ela falou de forma calma – não é sua, é nossa! Nós falhamos.

— Mas não podemos tentar novamente? – perguntei ainda com um resquício vago de esperança.

— Não... Porquê nós iremos falhar novamente – ela respondeu dando a volta na mesa e sentando na cadeira – porque nós não temos o essencial para um relacionamento, integridade.

— O que quer dizer com isso? – perguntei me levantando.

— Estamos lesionadas demais para esse relacionamento, eu não fui capaz de te dar uma resposta a tempo naquela época e eu peço desculpas por isso mas agora não há mais tempo – ela falou me olhando.

— Você me ama? – eu questionei.

— A minha resposta vai mudar alguma coisa nessa situação? – ela questionou de volta.

— Só me responda, por favor! – falei em súplica fechando os olhos e puxando todo o ar possível para meus pulmões.

— Eu sempre te amei, desde aquela época até hoje, eu nunca deixei de te amar – ela falou e eu finalmente abri meus olhos para olhar-lá.

— Entendo... É o suficiente para mim – falei caminhando em direção a porta e a atravessei.

Foi como se o mundo ao meu redor tivesse parado, os segundos se tornaram minutos e os minutos se tornaram horas, o tempo estava passando lentamente e o som a minha volta havia sumido, eu podia jurar que o tempo que levei para chegar até o elevador foram horas. A minha cabeça estava vazia, assim como o meu peito, eu estava em um imenso vácuo.
A culpa era minha, se eu tivesse feito as escolhas certas eu não estaria nesse momento trágico e infinito.
Enquanto eu caminhava sem uma rota definida, eu podia sentir as lágrimas escorrendo lentamente pelo meu rosto, podia sentir meu corpo se movendo em passos lentos e pesados, enquanto eu era sugada para aquele vácuo escuro e frio.
Podia sentir as gotas frias da chuva me molhando, podia ver as gotas caindo lentamente diante dos meus olhos.
Um pouco ofuscado pela gotas da chuva eu pude ver uma mulher, ela estava com a boca aberta como se gritasse e mexendo os braços em desespero, eu não sabia o que ela queria dizer mas quando eu virei para o lado uma luz forte ofuscou minha visão e naquele milissegundos eu pude sentir uma banque contra o meu corpo...

5...4...3...2...1

E eu então apaguei em um sono profundo.

Continua...

Mas eu só apareço pra fuder com vocês né? Kkkk lamentável
Mas fazer o que né, ossos do ofício!
Primeiramente de tudo, Bom dia! Ou nem tão bom assim depois desse capítulo mas calma, sem agressões.
Se pah sai outro cap hj, SE PAH VIU!
Eu to com a ideia só pro começo, sabe quando vc cria a fic todinha na tua cabeça mas tu não sabe como por no papel, então...
Nem tudo são flores, as vezes são cactos.

You Make Me Feel So High | SupercorpWhere stories live. Discover now