Nota importante!

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CVV
(Centro de valorização da vida):
ligue 188
https://www.cvv.org.br/

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Olá, precisamos falar sobre toda a história até aqui.

Recentemente acabei me deparando com uma crítica (a resenha de um concurso) onde dizia que CPAQD romantizava o suicídio e afins.

Venho aqui informar de antemão que isso NÃO É verdade.

Meu intuito ao escrever essa história nunca foi romantizar nada disso, a minha intenção com as cartas da Emma, que muitos de vocês mantém uma relação de amor e ódio, sempre foi mostrar ou fazê-los pensar em como as pessoas ao seu redor ficarão se algo de ruim acontecer com vocês.

Porque eu sei que cada um que passou por algum capítulo de CPAQD, se colocou nem que por um milésimo de segundo na pele de cada um dos remetentes e sentiu na pele a dorzinha deles, isso é notável através de diversos comentários que já recebi.

Eu tenho 18 anos e mesmo que alguns de vocês possam pensar que não tenho idade o suficiente para escrever sobre algo tão forte assim, eu não acho que eu seja muito nova para escrever sobre coisas que já aconteceram comigo.

É claro que, a história pode servir de gatilho para alguns e por isso eu explícito bem na sinopse que embora eu não tenha a intenção, isso possa vir a acontecer e que por isso, pessoas que têm problemas como os da Emma não deveriam ler a história.

Em meio aos capítulos, procuro abordar inúmeras vezes o fato de que o suicídio não é a melhor saída.

O suicídio não é a melhor escolha, nunca vai ser.

A depressão, o bullying, ansiedade e os demais problemas abordados aqui, infelizmente, estão presentes na rotina de crianças, adolescentes e até mesmo adultos.

Se você não tem, tenho certeza que conhece ou já conheceu alguém que passou ou passa por isso.

E se você não acha que conhece, deveria prestar mais atenção a sua volta, pois alguém pode realmente precisar de ajuda e não conseguir pedir.

Evitar falar disso só fará com que o tabu que a depressão é hoje em dia, nunca se quebre.

Nem a própria Emma compactua com essas coisas, como vocês mesmos podem perceber, quando a mesma diz a sua amiga que, embora ela tenha escolhido esse caminho, gostaria que Alícia não optasse pelo mesmo.

Muita gente achou hipocrisia, quando na verdade isso não passa de empatia, não passa de amizade.

Há capítulos em que eu faço questão de citar que sempre haverá uma saída.

Nós só precisamos ter paciência, o que infelizmente, Emma não teve, mas ela, por si só, deixou as cartas mostrando se importar com cada um e pedindo para que por favor, ninguém perdesse as esperanças na vida, dizendo que por mais que doesse agora, as coisas iriam passar em breve.

Eu tomo muito cuidado ao abordar esse tema, mas entendo que talvez o meu tiro possa ter saído pela culatra já que ninguém pensa igual a ninguém.

Esse livro pode ajudar alguém, mas também pode acabar servindo de gatilho, sendo uma via de mão dupla, pelo visto.

E é por isso que decidi deixar de lado toda e qualquer ideia de continuação deste livro.

Eu tinha planos de contar a história da Emma antes de sua morte e contar a história de como ficou a vida dos remetentes de suas cartas após a mesma abandoná-los.

Porém, contudo, entretanto e todavia, não faz mais sentindo continuar com algo que pode acabar fazendo mal a vocês.

Faltam alguns capítulos para CPAQD acabar e por isso, por enquanto, não arquivarei o livro.

Pois eu tenho planos para um terceiro e último bônus que talvez, consiga passar ainda mais o meu intuito ao criar tudo isso para vocês.

Desde já eu agradeço por todo o carinho que tiveram e por cada comentário que eu ainda responderei.

E se algum dia você se encontrar perdido como a Emma se encontrava, por favor, não desista como ela desistiu.

Não seja mais uma Emma.

Lute pela sua vida, ela vale a pena.

Seus dias ruins irão passar, eu te garanto.

Procure ajuda, você não está sozinho.

Com amor,
Cassidy.

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*Não se esqueça de deixar sua estrelinha/seu voto nesse aviso de suma importância, nos vemos no próximo capítulo.*

Cartas para aqueles que deixei - #EscritoresDeOuroWhere stories live. Discover now