Capítulo 19 - Reliefs

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Tradução do título do capítulo: Alívios


No outro dia assim que acordei, após ter passado a noite em observação na área hospitalar, fui levado de volta para o presídio. Estava ansioso, não apenas porque teria minha antiga rotina outra vez, mas também porque finalmente teria notícias de Seokjin. Não saber se ele estava bem ou não, deixava-me completamente atormentado. E assim que o guarda Bong tirou as algemas de meu pulso, não perdi tempo e fui até a ala onde o seu confortável cubículo - como Jin mesmo dizia - ficava.

Assim que chego lá tudo que encontro fora apenas um garoto alto de cabelos cinza desbotado, dobrando o cobertor de seu colchonete. Suspiro alto demais em pura decepção e agonia, chamando sua atenção.

- Quem é você? - Ele não foi grosso, visivelmente estava apenas curioso sobre a minha presença. Fito suas feições e tento não demonstrar surpresa ao notar que ele deveria ter no máximo uns vinte anos de idade. Tão jovem. O que ele estava fazendo numa prisão ao invés de estar numa escola?

- Park Jimin. - Respondo

- Eu sou Yoon Sanha, prazer em te conhecer - Disse dando um sorriso.

- É um prazer também. - Forço um sorriso. - Eu estou procurando meu amigo. Kim Seokjin, o conhece? - Pergunto numa certa esperança de que ele respondesse que eu estava na cela errada.

- Oh, então você é o amigo do Jin!? - Aquilo era mais uma afirmação do que um questionamento. - Eu não sei te informar sobre nada, me desculpe. Não tenho notícias dele desde que... Bem, você sabe. A morte do guarda Shin. - Balbuciou, com uma expressão um tanto triste. - Eu perguntei ao diretor Han, mas ele se negou a me responder! Inacreditável, não é?! - Falou como se fosse aquilo fosse um total absurdo.

- É, é realmente inacreditável. - Dou uma pequena risada. - Enfim, eu já vou indo. Muito obrigado por ter tentado me ajudar, Sanha.

- Não precisa agradecer, hyung. - Disse dócil, dando um meio sorriso.

Saio e não perco tempo para me deixar indignado sobre o comportamento daquele garoto. Com menos de três minutos de conversa, pude perceber o quão inocente e ingênuo ele era. Era como se com apenas as poucas frases que trocamos, ele tivesse depositado toda a sua confiança em mim. Era raro, quase impossível encontrar pessoas como ele aqui. Na verdade, era literalmente impossível. No meio de toda a amargura e ódio entre detentos daqui, ele era o único. Não o conseguia imaginar fazendo qualquer coisa ilegal, para que ele estivesse ali, preso.

Pelo canto do olho, vejo uma figura familiar passar em passos apressados na minha direção contrária. Ainda surpreso com a minha sorte de encontra-lo tão facilmente, não perco tempo e começo a andar atrás dele.

- Senhor Min! - Exclamo alto.

- Diga. - Falou olhando-me pelo canto do olho, sem parar de andar.

- O senhor tem um tempo?

- Hoje é domingo, Park. Não temos sessão hoje. - Respondeu um tanto frio.

- Mas eu preciso conversar com o senhor.

- Eu estou ocupado agora, detento.

- É realmente importante... - Tento mais uma vez, fazendo-o suspirar fundo, provavelmente com pouca paciência para mim e minha insistência. Ele não devia estar em um bom dia.

- Eu só tenho dez minutos disponíveis por agora. Serve?

- Sim! - Exclamo sem pensar duas vezes.

- Ok. - Rendeu-se. - Vamos para a minha sala.

Cela 132 | jjk+pjmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora