Viagem à Oklahoma III - We'll be friends, now and forever!

Capítulo 7 - Murder wears a friendly smile

"Oh, I want to believe, oh oh..."

Quando minhas provas acabaram eu resolvi começar a procurar algo que me rendesse dinheiro. Já trabalhava na semana com meus pais na lanchonete como garçonete e aos fins de semana como monitora em festas infantis, porém, ainda era pouco para as passagens. Tinha colocado na cabeça que iria para Tulsa no meio do ano sem avisar ninguém, exceto meus pais. Minha relação com Zac nunca mais havia sido citada em conversas lá em casa, e eu achava muito melhor assim.

Nosso diálogo era diário agora que a internet estava liberada por meu bom comportamento. Nos falávamos todas as noites por e-mails e msn. A tecnologia já nos ajudava neste momento com o uso da webcam que Dora tinha me presenteado.

As coisas estavam muito difíceis em Tulsa e também na família Hanson. Até Taylor e Natalie estavam distantes por ela não compreender o momento delicado por qual a banda passava.

Sempre que ela ia visitar a família levava Kate (isso me deixava muito mais focada em voltar logo) e ela estava cada vez mais ganhando a confiança da família. Logo de início ela se interessou por Isaac, que fez não notar mas depois me contou que não quis envolvimento, pois não confiava nem em Natalie.

Eram tempos turbulentos e eu precisava estar lá.

Junho chegara e eu tinha garantido que todas as minhas notas fossem as melhores. Eu havia me inscrito em um curso de teoria musical em um instituto de música em Oklahoma e esse seria meu álibi. Com isso meu pai autorizou que eu viajasse depois de inúmeras ligações de Isadora com uma condição: Sem contato com a família Hanson e estadia apenas em Oklahoma City.

Pra mim isso já era uma vitória. Eu iria novamente à Tulsa, só que dessa vez, de surpresa! Combinei com Didi em sigilo pois precisava que algum adulto responsável me buscasse no aeroporto em nome de Isadora Trainor.

O pouso daquele avião ainda me fazia o mesmo efeito das últimas vezes. Me sentia prestes a retornar ao lar e esse era uma sentimento impossível de descrever.

Didi me abraçou sorridente, acompanhada por Mac e Zoe, fazendo a maior festa. Como tinham crescido!

Chegando à casa da família, fomos recebidos por Walker, Avie e Jess. Só faltavam eles. Didi confirou que chegariam em breve de uma reunião com um músico com quem queriam gravar.

Eu me sentei ao sofá, acompanhada das crianças e me certifiquei que eles não desconfiavam de minha chegada.

Um barulho de carro, risos e uma batida de porta (Ana congelada por dentro):

- Hey família! Chegamos... Oi mãe! Estamos famintos...- Zac

- Oi Papai, oi crianças... mamãe... Pai, precisamos conversar sobre a reunião e...- Ike

- O quê? Hã...Ana?-Tay deixou cair uma sacola que estava na mão... com uma cara de quem tinha visto um fantasma

Eu me virei sorridente e todas as crianças gritaram... Acho que foi a cena mais surreal que eu consigo me lembrar em toda a minha existência.

Ike parou de falar, Zac ficou paralisado e Taylor com uma cara, no mínimo, hilária.

Eu levantei do sofá e, num misto de gargalhada e lágrimas, saí correndo abraçar Taylor estarrecido ao lado da porta com a sacola ainda no chão.

- Mas estamos em Junho... Junho... não?!- Ike ria com uma cara confusa

Zac ainda me olhava sério, parecia faltar palavras ao grande garoto de 15 anos à minha frente: