Capítulo 14 - O final da história

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"Can't put my mind at ease with the words I say

Trying to get myself to get out of my way Birds in the trees just make me depressed Seeing sunny skies, feeling emptinessLayers of lies just seem to fold This kind of life is all I knowI want to believe There's something to believe I would live only Just to believe Oh, I'd love to believe It's not only me that's longing Only just to believe 'Cause I want to believe I want to believeMurder wears a friendly smile Like the perfect end in a plastic vial No pain Sorry I can't seem to stay But this bird was meant to fly away Fly away, fly away"


O inferno astral pelo qual eu estava passando tinha apenas começado. Desde a notícia médica eu não tinha saído da cama.

Um clima tenso pairava na casa, muito choro pelos cantos, um silêncio que chegava a incomodar os ouvidos. Durante o jantar nada foi dito, ninguém se olhava nos olhos...

Dormi com Zac no quarto e ninguém parecia pronto a nos contrariar. Tanto eu como ele estávamos em choque. Vimos um filme, comemos pipoca e dormimos, sem tocar no assunto.

Ao amanhecer o dia, Dora bateu na porta, com a voz cansada de quem certamente tinha passado a noite em claro:

- Ana? Ana? Posso entrar...

E ao final do segundo toque já estava dentro do quarto. Zac estava largado na cama junto a mim, e eu me ajeitava para recebe-la, cutucando Zac por baixo dos lençóis:

- Bom dia Dora...

- Querida, vamos ao hospital agora pela manhã, ok?!

Eu estava assustada, paralisei:

- Hospital? Pra quê?

- Você precisa ser avaliada e fazer alguns exames. Precisamos de liberação médica para que você possa viajar nesse estado...

-Viajar pra onde?- Disse, me levantado rapidamente

- Para o Brasil, Ana! Vamos todos nos encontrar com seus pais e conversar sobre o seu futuro. Eles merecem uma explicação, não acha?

Zac levantou-se coçando os olhos e ajeitando os cabelos...

- Mas ela não está legalmente autorizada a viver aqui? Eles não podem vir? Se ela for para o Brasil não vão deixa-la voltar nunca mais!

- Zac, não é questão de quem vai ou não até quem. O fato é que, essa decisão será tomada exclusivamente pelos pais da Ana. Mas antes de nos desesperarmos, vamos ao médico fazer todos os exames e nos certificar que ela está bem, ok?

Sem ter para onde correr, fomos, resignados.

Foi um grande esquema tentar adentrar o hospital sem nenhum alarde. Tulsa era pequena demais e todo mundo conhecia a família Hanson. Combinamos que Diana e os meninos não iriam, mas Zac fez absoluta questão de estar lá comigo e nosso desafio era não chamar a atenção.

Doutor Roger Stanford nos atendeu e fui submetida a tantos exames que nem sei contar. Ao final de mais de 7 horas no hospital, guiada por cadeira de rodas (eu não estava me sentindo doente e isso me deixava muito desconfortável), o Doutor finalmente chamou Dora na sala dele, pra uma conversa que me pareceu durar uma eternidade.

- Quero ir embora daqui!- Disse resmungando

- Olha, amor... – Ele ergueu minha cabeça em direção ao seu olhar – Eu também estou cansado, com fome... Mas isso é para o seu bem. Seu e desse nosso pequeno pedaço... – Seus olhos marejavam nesse momento e ele continuou...

- Eu pensei demais e, sabe... não vai ser fácil encarar todo mundo. Mas se a gente foi contemplado com algo assim, tão 'grandioso' pode ser pq chegou a hora de encarar tudo, a hora de ficarmos juntos!

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⏰ Last updated: Apr 11, 2019 ⏰

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Viagem à Oklahoma III - We'll be friends, now and forever!Where stories live. Discover now