Capítulo 18

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POV Roberto

- Quer pagar pedágio também, gatinha mais nova? Eu aceito, não dispenso um beijo seu.

As irmãs se afastam um pouco, mas Artur se aproxima mais do canalha. Sei que preciso estar por perto para segurar o temperamento de Artur, que pode ser muito explosivo.

- Cara, sai da frente. E nunca mais fale assim com a minha namorada.

- Não gosta de dividir, Arturzinho?

- Calma, Artur, não entra nas provocações dele.

- Cala a boca, Rodolfo, e fique longe da Isabela.

- Não precisa se preocupar, por enquanto. Meu alvo do momento é a rosa vermelha.

- Ela também não é para você.

- Quem é você para me dizer o que fazer, Roberto. A gata será minha e quando já estiver cansado, pode ficar com o que sobrar.

Não sei o que me possuiu, mas apenas vi meu punho atingir o nariz do cretino. Artur me segurou antes que o atingisse novamente.

- Gosta de vermelho, não é? Então fique com esse nariz quebrado e sangrando. Toda garota merece respeito, ela acima de todas. É bom que eu nunca mais ouça algo desagradável sobre ela saindo de sua boca.

Ana Clara me pega pelo braço e vamos todos embora. Chegando ao apartamento das meninas, Artur e Isabela vão para a sala, nos deixando a sós na pequena cozinha.

- Deixe-me colocar gelo na sua mão. Obrigada por me defender.

- Aquele canalha não tem o direito de te perseguir. Não suportei ouvir suas palavras sem reagir. Não gosto de violência, mas o enfrentaria de novo para te proteger.

Ela me olha com aqueles olhos lindos, num tom de castanho quente, para combinar com seus cabelos maravilhosos. Sua mão ainda segura a minha e a puxo gentilmente para mim. Ela permite que eu enlace sua cintura, e aproximo minha boca da sua, e ela não recua. Nosso beijo é doce, como ela. Seus braços envolvem meu pescoço e ficamos nos beijando por longos minutos. E é perfeito como só pode ser com ela.

Artur e Isabela comemoram como crianças em visita do Papai Noel, e vou para casa já contando os minutos para estar com ela em meus braços mais uma vez.

Os resultados da biópsia ficam prontos e não há células cancerígenas no material examinado. Meu pai resolve fazer um almoço em comemoração e, apesar de não querer me distanciar da Ana, preciso voltar para casa no próximo final de semana.

- Certeza que não ver vir comigo, princesa?

- Tenho, Roberto. Sou tímida, você sabe, não me sentirei bem por enquanto.

- Mas o que faço com esta saudade?

- Onde está aquele cara reservado, que não curte demonstrações de afeto?

- Em público! Estamos só nós aqui. Por que, não gosta?

- Gosto muito. Achava brega, mas agora estou adorando.

Pedimos uma pizza e assistimos a um filme, juntinhos no sofá. Não me lembro de me sentir mais feliz em qualquer época da minha vida.

Passo na loja, à procura por meu pai e me surpreendo em saber que não está trabalhando.

- Mãe, onde está o papai? Ele está bem?

- Ótimo, meu filho. Você o encontrará lendo um livro, deitado numa rede, na varanda.

- Um livro?

- Sim, disse que quer criar o hábito para quando seu livro estiver pronto. Não fala de outra coisa, está estourando de tanto orgulho.

Amores sob medidaWhere stories live. Discover now