Capítulo III: Ataque de Pânico, a proposta de Kara e potstickers

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"""""""" Notas: Potstickers são bolinhos chineses recheados com carne, que parecem umas panquecas.


A varredura da equipe liderada por Alex acaba levando quase duas horas para liberar seu escritório destruído, mas Lena não vê o tempo passar, distraída o suficiente com ciência.

Claro, como uma CEO responsável ela havia coordenado as declarações oficiais da companhia e decidido convocar uma pequena coletiva de imprensa para passar logo por aquilo, contudo, o resto do tempo ela passou no seu laboratório longe de todos. Seu modelo para um novo transportador começava a ficar promissor, sendo uma espécie de upgrade do modelo que trabalhou com Rhea, embora desta vez ela estivesse se assegurando de que só poderia ser usado para o bem.

Quando ela volta para seu escritório, a equipe de empreiteiros contratados para os reparos do prédio já está cuidando de tudo, o que só demonstra como Jess era tudo que ela já pôde desejar de eficiência em uma assistente. Exatamente por isso, era hora de manda-la para casa descansar.

Uma folga para o resto da semana era o mínimo que ela podia oferecer a uma funcionária tão dedicada que quase foi morta na sua sala. Nenhum outro substituto era tão bom, mas Lena sobreviveria. A gratidão por saber que Jess não estava machucada a faria enfrentar aqueles dias sem sua fiel assistente gerenciando sua complicada agenda.

O tempo corre. Ela nem percebe que está usando o mesmo vestido do seu dia anterior até depois da hora do almoço (não que ela pare para almoçar), quando precisa se preparar para seu pronunciamento. Lena vai até seu quarto anexo e procura outro modelo, novos sapatos e alguma coragem.

Após a troca, seus dedos passam de leve pelo hematoma em sua bochecha antes de cobri-lo com uma camada generosa de corretivo. A última coisa que ela precisava era parecer fraca, ou desleixada depois de mais outro desgastante ataque. Era hora de controlar a narrativa com aquela conferência de imprensa e fazer de todos os últimos incidentes uma força para o bem e impedir uma crise de má publicidade.

Lena se pergunta se o rosto sorridente de Kara a espera entre os repórteres presentes, se ela tentaria fazer uma pergunta, ou ainda, falar com ela depois do pronunciamento. Era complicado, parte dela queria que isso acontecesse, a outra não, pois seria difícil vê-la e dizer que estava de fato bem.

Ela não queria mentir.

Felizmente, ela não precisa. Kara não aparece. Lena acaba fazendo uma declaração rápida assegurando que todos os seus colaboradores estavam seguros, explicando que o FBI estava cuidando do caso, mas sem deixar de elogiar o tempo de resposta rápida da NCPD e da Supergirl. Apenas alguns pares de perguntas são respondidas, em seguida, os flashes das câmeras são substituídos pelo vazio de uma sala de reuniões. Era hora de sua teleconferência com um enorme investidor de Metrópoles.

Lena não permite que sua cabeça comece a divagar em teorias sobre quem poderia estar por trás do ataque, pelo menos não até que as bolsas de valores estejam fechadas há muitas horas e a L-Corp esteja deserta, com a clara exceção da segurança e equipe de limpeza noturna.

Só quando ela está sozinha, em sua cama, que Lena começa a se perguntar.

Poderia ser algum novo inimigo, ou um grupo deles, que resolveu surgir à luz de suas últimas ações.

Ainda poderia ser Lilian.

Ou Lex.

Eram muitas opções.

Não era engraçado, mas ela teve vontade de rir do seu azar ao se dar conta de como havia tantas pessoas tentando matá-la mesmo ela ainda sendo tão jovem. Às vezes ela se pergunta se isso não é um sinal do universo para ela apenas desistir daquela coisa de tentar fazer o bem. Ser má poderia ser sua melhor defesa.

Um Lar para Lena Luthor ♙ supercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora