Certeza.

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Chegando na casa de Miguel tinham carros estacionados na grama e a porta estava aberta, tinha musica lá dentro mais não parecia em nada com as festas que Lily já vira. Discretamente ela olhou em volta e viu o Santa Fé parado na porta da garagem. Seu coração disparou: ele estava em casa.

Ainda de braços dados com Zack parou em frente a porta, percebendo a hesitação de Lily e apertou seu braço de forma carinhosa.

- Relaxa, não tem nenhum canibal lá dentro pelo menos não tinha nenhum quando a gente saiu.

Ela sorriu e os dois entraram, e logo no primeiro passo já deram de cara com Cristina, que olhou para o braço dos dois e ergueu uma sobrancelha, outra mania deles pelo jeito. Puxando Lily do braço forte de Zack ela a levou pela sala cheia de gente até a cozinha cheia de gente e a essa altura Mey já tinha se perdido na multidão com Miguel.

- Que bom que você chegou, preciso de ajuda para encher os vidros de ponche na sala – Disse Cristina dando uma jarra com ponche de frutas – Pode encher o que está ao lado do sofá? Foi o primeiro que acabou.

- Ham... Claro.

Lily saiu cambaleando com aquela jarra e procurou pelo sofá, do outro lado da sala tinha uma poltrona, onde dois adolescentes estavam se... ham... Beijando?

Na verdade aquilo que estavam fazendo era bem mais que beijar, mas não tem uma palavra que define bem. Ela olhou ao lado e tinha uma mesa. Deveria ser ali. Com muito cuidado passou por algumas pessoas sem derramar nada, mas quando estava chegando um pé imaginário surgiu na sua frente e ela tropeçou, a cena decorreu em câmera lenta. Ela caindo, a jarra voando e virando bem em cima de sua roupa. Ela caiu de quatro no chão e a jarra se derramou em suas costas.

Prontamente Cristina apareceu com uma toalha, levantou Lily e sorriu.

- Finja que não aconteceu nada.

Quase todo mundo estava dançando então poucos tinham visto a cena épica do tombo mais ridículo da história. Conduzindo Lily por um corredor, Cristina abriu uma porta que estava trancada, muito provavelmente para que os adolescentes, loucos pelos ponches de "frutas", não invadissem o aposento. Adolescentes bêbados perdem a noção do particular.

Entrando no quarto começou a remexer o guarda roupa pegou um vestido amarelo bem claro. Era lindo, com alcinhas finas e com uma renda na parte de baixo o que dava um efeito lindo.

- Toma veste esse.

- Como assim. Não vou vestir suas roupas, minha casa fica no outro quarteirão.

- Você não vai embora.

Aquilo não era uma pergunta. Era praticamente uma ordem. Pegando o vestido Lily sentiu que o tecido era leve, parecia que tinha uma pena na mão.

Cristina a empurrou para o banheiro, e fechou a porta. Olhando no espelho Lily percebeu que Mey havia passado maquiagem a prova d'agua nela. Rímel, lápis, delineador, base e um pouco de sombra nos olhos. Nada de mais. Do lado de fora Cristina gritou:

- Tome uma ducha para tirar esse cheiro de você – Riu um pouco – Coloque o vestido, vai ficar lindo, e me encontre na sala.

- Tudo bem – Disse Lily – Pedindo com tanto carinho.

Depois de uma ducha rápida e uma olhada no espelho ela realmente estava bonita com aquele vestido. Caiu perfeitamente sobre seu corpo como se tivessem tirado suas medidas e feito ele especialmente para ela. Seu cabelo estava preso então não molhou no acidente.

Saindo do banheiro colocou seu sapato, que realçava sua altura, e tentou abrir a porta. Estava trancada. Como ela sairia se a porta estava trancada?

IncontestavelOnde histórias criam vida. Descubra agora