Capítulo 7

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***Alice Duarte***

Saio do escritório do Téo em disparada em direção ao banheiro mais próximo. Chegando lá me acabo de chora, após alguns minutos escuto a Sabrina chamando por mim.

-Estou aqui. -Digo.

-Droga, o que o idiota do Téo fez para você está assim? -Sabrina pergunta preocupada.

-Deixa pra lá. -Digo.

-Ele me pediu para ver como você está, mas não me disse o que houve. -Sabrina fala me observando.

Começo a pensar o quanto preciso desse emprego, não posso sair dele agora, tenho que pagar as despesas e inúmeras contas feitas nesses últimos meses. Tenho que dar uma qualidade de vida melhor a minha sobrinha.

-Está tudo bem. -Digo retocando a maquiagem e buscando coragem para voltar ao trabalho.

Quando retorno ao bar dos camarotes logo encontro Maurício e seu olhar fica fixo no meu. Respiro fundo e caminho em direção ao balcão pegando alguns pedidos para entregar em algumas mesas. Maurício está em uma mesa e acompanhado por uma mulher diferente dessa vez, infelizmente minha curiosidade ganha, acabo olhando algumas vezes em direção à mesa que eles estão e todas esses vezes pego seu olhar em mim.

- Eu não sei o que essa morena vai fazer mais para chamar atenção desse homem. -Sabrina fala se referindo a Maurício e a mulher que o acompanhar. -Quando fui entregar o pedido deles, ela quase me fuzila por atrapalhar eles.

-Entendo. -Digo evitando dar bola para o que Sabrina diz. -Espero que esse turno acabe logo.

Ao olhar ao redor noto que o doutor Maurício está seguindo em direção a saída da boate. Agradeço aos céus por isso, esse dia foi muito cansativo e acompanhado de vários problemas. No final do turno Sabrina decidiu chamar um Uber para gente voltar para casa e me avisou para não me preocupar pois ela pagaria.

Chegando em casa por volta da 5:30 am vou tomar um banho e acabo lembrando sobre o que eu senti na primeira vez que vi o pai da Malu, eu sabia que tinha algo familiar nele e o pior de tudo é que de alguma forma eu não consigo para de pensar naqueles olhos azuis e em como foi tão bom sentir seu toque sobre o meu corpo.

Lembro que já tenho problema demais, ele é o pai da minha sobrinha e o meu foco é evitar ao máximo possível esse homem. Tenho que lembra que único vínculo que nos liga é a Malu.

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Sinto a luz do sol invadir o meu quarto, abro meus olhos lentamente tentando me acostumar com a luz. Olho para cama ao lado onde minha pequena Malu dormir e noto que já está arrumada. Faço minha higiene matinal e corro em direção a cozinha. Encontro Malu e Cassia já almoçando, abraço minha sobrinha.

-Boa tarde meus amores! -Digo sentando ao lado de Malu.

-Titia porque você acordou tão tarde? Nem brincou comigo de manhã. -Ela diz fazendo biquinho.

- Estou trabalhando a noite meu amor, então eu fico com muito sono de manhã. Mas a tarde sou toda sua. -Digo apertando de leve o nariz da minha sobrinha.

-Como está no trabalho? -Cassia pergunta.

-Está bem e com as gorjetas já posso te ajudar com as despesas. -Digo sorrindo. -Obrigada Cassia por tudo.

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