Timeless [jaeyong]

CAPÍTULO 5

Olá, tudo bem com vocês?
Por conta de um 8 que eu tirei vou postar 3 capítulos seguidos só pra demonstrar minha animação. Espero que gostem e ignorem os erros, ainda tenho preguiça de revisar. ♡

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"Já chega!" Sra. Lee berrou ao ver o filho na mesa.

Haviam se passado três semanas e nada do filho falar, comer, interagir, sequer mostrar sinais de que ainda estava vivo.

"Eu vou ligar para o médico e você vai se consultar com ele Taeyong, eu não aguento mais ver meu filho nesse estado. Você precisa de ajuda e eu já fiz tudo que podia." Ela andava de um lado para o outro procurando seu celular. Taeyong não se comoveu, não se deu ao trabalho nem de olhar para sua mãe.

"Você sempre foi um menino quieto, mas interagia mais comigo, mesmo quando eu passei pela minha pior fase. Você sempre me ajudou em tudo mesmo quando eu não pedia, e agora não faz questão nem de trocar de roupa meu filho. O que tá acontecendo com você?" Ela olhava para o menino que bocejava. Já eram 16h mas parecia que Taeyong não dormia há dias.

Ele realmente não dormia, começou a trocar o dia pela noite, acordava depois do almoço só para não ter o trabalho de enfrentar um prato cheio de comida. Ia dormir por volta das 6h, saia de madrugada pela janela e andava sem rumo. Taeyong se transformou num completo fantasma, não tinha vontade de mais nada.

"Isso tudo por causa da Hyejin, Taeyong?" Sua mãe perguntou em um tom baixo. E pela primeira vez Taeyong se mexeu.

"Eu sou assim mãe, eu sempre fui, um doente, ninguém nunca percebeu porque eu era bom em esconder e agora eu cansei. Cansei de tentar ser alguém que eu nunca vou conseguir, cansei de fingir ser bom para as pessoas para tirarem tudo de mim depois. Foi assim com meu pai, foi assim com a Hyejin, e agora eu vou parar de ser bom com a senhora também porque eu não quero sofrer mais. Eu cansei de dar a minha felicidade para as pessoas e ser retribuído com dor e sofrimento... Eu cansei mãe, eu simplesmente sou assim, quer a senhora aceite ou não." Ele disse, direto e sem nenhum pudor. Se levantou em seguida e se trancou no quarto.

Sra. Lee ficou imóvel com as palavras do filho, nunca imaginaria ouvir tal coisa, muito menos do seu menino que ela tentou criar com tanto amor. Sabia que havia falhado em alguns momento mas tentava a todo custo se redimir, ela só queria vê-lo sorrir de novo. Mesmo com lágrimas nos olhos e sentindo um aperto no coração, ela ia lutar, assim como ele fez com ela.

"Alô! É da clínica?"

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Mesmo relutante, Taeyong ia as sessões acompanhado de sua mãe, que ficava na sala de espera apreensiva durante 1h toda terça-feira. Nas primeiras semanas foi um trabalho difícil, ele não quis abrir a boca nem para dizer o nome, o médico teve que insistir muito e em último caso olhou na ficha. Foram 4 sessões em completo silêncio, onde apenas o médico falava, na quinta ele tentou uma abordagem diferente, geralmente usada com crianças.

"Chega de papo, hoje eu quero que você desenhe para mim." O médico dizia enquanto arrumava folhas e lápis coloridos em cima da mesa "a primeira coisa que vier a sua cabeça, não precisa pensar muito e nem ser um artista..." ele tornou a sentar em sua cadeira.

Taeyong encarou a folha, pela primeira vez havia reagido e nem sabia o que o havia feito fazer aquilo, depois de uns 15 minutos apenas encarando o branco, ele pegou um lápis preto e pintou a folha inteira. O médico observou e esperou pacientemente, o menino fez umas três pontas no lápis antes de acabar com a folha, o médico pediu licença e examinou.