CAPÍTULO 9

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"Ele vai ficar bem..."

"Tem certeza doutor?"

"Claro, ele só passou por um estresse muito alto, o corpo tende a desligar nessas horas para se recuperar..."

"Ah meu Taeyong, o que vai ser de você sem mim?"

"Não se preocupe Sra. Lee, ele está em boas mãos o doutor...vai...assim que... filho...apaixonado..."

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Eram quase 3h quando Taeyong acordou novamente.

"Mãe?" Chamou assim que lembrouo de ter ouvido sua voz.

"Oi meu amor..." ela foi a seu encontro "está tudo bem, o médico disse que não foi nada sério..."

"Sim, eu...hm...ouvi."

"Então quer dizer que o senhor estava acordado?" Dava para ver claramente o sorriso em sua voz.

"Mais ou menos, eu acordei com vocês falando, mas logo voltei a dormir..." Taeyong respirou fundo "o que vocês queriam dizer com filho apaixonado?"

"Ah..." sua mãe deu uma risadinha, fazendo carinho na mão do filho "o doutor explicou que o que você teve foi estresse causado por muitas informações e que os sintomas eram parecidos de alguém que fica apaixonado, ele brincou e disse que você se apaixonou momentaneamente antes de desmaiar."

Taeyong não disse mais nada, apenas balançou a cabeça e tentou voltar a dormir.

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25 de julho de 2013

"Vamos filho, hoje é sua primeira consulta com o psiquiatra."

Taeyong relutou para se levantar e acompanhar sua mãe até o novo endereço, ficou observando o caminho que o ônibus fazia. Era início do verão, ventava na rua, mas as pessoas estavam usando roupas clara e finas, típico para a época, todos os transportes públicos tinham ar, o que mantinha a temperatura sempre agradável.

Encarou o edifício que ficava a poucos metros do ponto, não era difícil chegar ali, mas parecia um território totalmente inapropriado. Sua mãe conversou com a recepcionista que entregou dois crachás para dar acesso ao andar.

"Você vai ter que fazer isso toda semana, como eu já fiz o seu cadastro, você só vai precisar dar seu nome..." sua mãe explicava enquanto andavam até o elevador.

Assim que as portas se fecharam Taeyong sentiu seu coração ficando cada vez mais pesado, como se algo ainda o prendesse ao chão. Décimo segundo... décimo terceiro... décimo quarto. O elevador anunciou o andar e as portas se abriram.

Taeyong forçou suas pernas a se movimentarem acompanhando sua mãe que ia cada vez mais na frente. Por que diabos seu corpo estava reagindo de uma forma tão esquisita, não seria a primeira e nem última vez que ele era forçado a ir em lugares para falar com pessoas desconhecidas.

"Boa tarde, eu tenho uma consulta marcada para o meu filho, Lee Taeyong."

"Só um minutinho... Lee Taeyong, achei, só aguardar que o doutor irá chama-lo.

"Muito obrigada."

Taeyong já estava sentado, sentia suas pernas fracas, sua mãe sentou ao seu lado e aguardou o que pareceu uma eternidade. Alguns minutos depois, uma mãe saiu de uma das salas com o filho que parecia ter não mais que 7 anos, o menino estava triste e abatido, algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto. Taeyong se lembrou de quando tinha 7 anos e seu pai ainda era vivo, os tempos eram outros e as coisas diferentes. Por alguns segundos desejou voltar no tempo e ter inteligência suficiente para procurar ajuda sozinho, talvez nada disso tivesse acontecido, talvez sua vida não fosse uma completa desgraça.

Timeless [jaeyong]Where stories live. Discover now