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Começando...

Marco Martinelli

Duda está cada vez mais parecida com a mãe, mas só na aparência, graças a Deus. Já basta toda vez que olho pra minha filha ver a mãe dela, não aguentaria se ela tivesse o mesmo caráter ou a maldade da Sophia.

Minha filha é meu tesouro, minha vida, depois que ela nasceu eu realmente entendi o real sentido do amor, ela não foi planejada, mas logo que fiquei sabendo da sua existência já a amei.

— Papai! — Duda vem correndo em minha direção, estou parado em frente a o portão da sua escola.

— Oi meu amor! Como foi hoje? — a pego no colo e beijo sua bochecha rosada.

— A tia Lurdes foi morar no céu! Ela virou uma estrelinha bem grande e brilhante, quem deu aula hoje foi a postituta, ela que vai ser minha professora agora, ela é tão bonita, seu cabelo parece com fogo.

Dou risada que ela chama a professora de "prostituta", mas não adianta corrigir.

— É mesmo? E ela é legal? — caminho com ela ate o carro.

— Muito legal! Eu perguntei por que a tia Lurdes foi para o céu, ela me disse que foi por que Deus estava se sentindo sozinho e levou ela pra ficar com ele.

Ótima resposta!

— Ela tem toda razão, às vezes papai do céu se senti sozinho e chama algumas pessoas para fazer companhia.

— Papai, você vai me deixar sozinha pra ir pra casa do papai do céu? — ela me pergunta chorosa.

— Claro que não minha princesa, papai do céu sabe que eu não te deixaria nunca. — lhe dou um beijo na cabeça, coloco-a na cadeirinha, aperto seu cinto e vou para o banco do motorista.

— Papai abaixo o vidro! — ela pede toda eufórica. Abaixo e vejo-a acenar, sigo o olhar para onde ela está acenando e vejo uma garota de cabelos ruivos vivos acenar de volta, mas quando me vê olhando arregala os olhos e volta para dentro da escola.

— É a sua professora filha? — pergunto sem parar de olhar para o portão da escola.

— É sim papai, o nome dela é Mariana, mas ela disse que posso chamar de Mari. — olho pra ele que está sorrindo. — Ela é bonita, não é papai?

— É sim amor, muito bonita! — decido mudar de assunto. — Vamos pra casa do vovô?

— Ebaaaaaaaaaa! Tio Enzo vai tá lá papai? — ela ama aquele babaca.

— Não sei amor, mas a tia Giulia está lá, vocês podem brincar de coisas de menina. — coisas que você adora fazer comigo, ela adora pentear o meu cabelo, faz trança deixando ele cheio de nó, mas não consigo dizer não.

Ela concorda e fica quietinha. Concentro-me na estrada.

Quando paro em frente à casa dos meus pais, vejo que Maria Eduarda está dormindo, a pego no colo com cuidado, tranco o carro e logo a porta é aberta e Lorenzo aparece, quando vejo que ele ia gritar lhe lanço um olhar ameaçando matar ele se acorda-la. Ela chora quando é acordada de repente, tem que ser com jeitinho, tem que ser com calma, desde bebê, se ela acordasse de uma vez era uma choradeira só.

Meu irmão vem ao meu encontro e a tira do meu colo e se senta no sofá e começa a passar a mão no rosto e nos cabelos da minha filha, e aos poucos ela vai despertando, depois e só alegria, beija e abraça todo mundo. Duda é muito carinhosa e amorosa, minha filha é tudo pra mim, por ela eu dou a minha vida.

— Cadê a minha princesa? — Enrico acaba de chegar junto da Bianca muito grávida, como essa mulher ainda consegue andar com essa barriga desse tamanho? Ela ainda está de seis meses, porém tem três bebês lá dentro.

— A princesa mais velha está aqui e a pequenininha está aqui? — Duda coloca as mãos na barriga da Bianca, e todos se derretem.

— Vem me dá um beijo bem gostoso! — Enrico se agacha e ela corre para ele, se eu sinto ciúmes? Nem um pouco! Quando a mulher que colocou a minha filha no mundo foi embora deixando um bebê recém-nascido nos meus braços, era a minha família que estava do meu lado me ajudando com tudo, meus irmãos são seus outros pais, levam no médico quando precisa, levam ela pra escola, a busca, ficam com ela quando tenho que viajar por causa das lutas, e nunca reclamaram de nada, eles amam a minha filha como se ela fosse de fato deles, Enrico e Lorenzo fariam tudo por ela. Toda a minha família faria qualquer coisa pela minha filha, meu pai é completamente apaixonado pela neta, minha mãe sempre quis ser avó, quando ficou sabendo da Duda, chorou tanto, mas tanto que tivemos que leva-la ao médico, pois sua pressão caiu, desde então, não desgruda da neta. A única que não teve muito contato com a minha filha foi a Giulia, pois ela estava estudando no exterior, elas só se viam via Skype e quando Giulia vinha passar as férias em casa, mas quando elas se juntam se divertem muito.

Concluindo, eu amo a minha família e eles amam a minha filha isso é tudo o que importa.

— Acorda Rapunzel! — Lorenzo puxa meu cabelo.

— Vou te mostrar a Rapunzel. — aponto para meu amigo lá de baixo.

— Que nojo! Mulheres não gostam de ter pelo na boca! — ele faz cara de nojo.

Meu pai lhe dá um tapa na cabeça.

— Respeita a minha neta seu idiota!

Enrico se aproxima.

— Como estão os bebês? — pergunto

— Estão ótimos, não vejo a hora deles nascerem!

Olho para a minha filha que está passando a mão na barriga da Bianca.

— Filhos são as melhores coisas no mundo!

Ele dá um sorriso encantado.

— Os meus nem nasceram ainda e já sou completamente apaixonado por eles.

— Mas eles darão muita dor de cabeça também. Mas ser pai é uma coisa gratificante.

***

Deixei meu bebê na casa da minha mãe e fui para a Red Zone, minha academia, fazia tempo que não lutava.

— Você não sente falta da adrenalina?

Um dos muitos treinadores me pergunta.

Estou treinando com ele.

— No começo eu sentia bem mais, mas agora nem tanto. Minha filha me dá a adrenalina que preciso.

Ele ri.

— Espera até ela entra na adolescência e inventar de começar a namorar.

Dou um soco mais forte.

— Ai eu terei que bater em qualquer merdinha que tentar chegar perto dela.

DEGUSTAÇÃO - Marco - Irmãos Martinelli #2Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum