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Lembrou repentinamente dos filmes de terror. Nunca resulta em algo bom seguir barulhos desconhecidos. Não poderia se arriscar agora. Elena corre perigo e você precisa encontrá-la. Você seguiu para a porta de saída o mais silencioso possível e iluminou a porta seguinte. Era a sala com o registro de horário dos funcionários. Você poderia verificar o último paciente de Elena para ir procurá-la por lá ou continuar seguindo pelo corredor.

O que fará? Entrar na sala de horários (Vá para 51) ou continuar procurando (Vá para 36)?


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Você balançou a cabeça, indignado por pensar na possibilidade de deixá-lo caminhando por aí. Porém não poderia levá-lo com você, seria tão perigoso quanto. Olhou ao redor, tentando pensar em alguma coisa, e acabou tendo uma ideia.

- Venha aqui... - você o pegou no colo - Qual o seu nome? - tentou tirar a máscara do menino, mas ele segurou com força, começando a chorar - Tudo bem, tudo bem. Não vou tirá-la de você... - suspirou, vendo o garoto se acalmar - Como se chama?

- Gustav....- falou o menino.

- Gustav.... Vamos fazer uma brincadeira? - Você foi com ele até um dos quartos abertos e procurou pelo armário. O colocou sentado lá dentro e ajeitou a coberta em seu corpo - Você fica escondido aqui, até eu voltar. Se alguém entrar aqui no quarto, você finge que não está aqui, tudo bem? Não pode falar, nem gritar ou fazer barulho. Se alguém te ouvir, você perde a brincadeira. Pode fazer isso?

- Eu sempre ganhei as brincadeiras de pique esconde.

- Ótimo. Então eu sei que você pode ganhar essa também. Só abra a porta quando eu voltar, okay? - ele acenou com a cabeça. 

Você fechou a porta do armário e do quarto em que ele estava. Iluminou a porta da capela e caminhou, cauteloso, até ela.

(Vá para 98).


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Você voltou pelo caminho de onde viera. Estava desolado. Sua mente não conseguia processar tudo aquilo que vivenciara hoje. Havia perdido sua amada. Combatera um cientista maluco e presenciou uma carnificina que levaria muito tempo para esquecer. Talvez isso nunca acontecesse. Sentindo-se sem energia alguma, você reuniu suas últimas forças para subir de volta no duto de ventilação por onde viera. O incêndio parecia ter se alastrando ainda mais e já estava alcançando o final do corredor. Saiu no banheiro com certo receio. Bateu na porta onde havia deixado o menino. Ela estava trancada, mas ele não lhe respondia. Deu a volta no box e saltou pela lateral. O garotinho adormecera sentado na tampa do vaso sanitário. Você esboçou um pequeno sorriso e o pegou no colo. Imaginava o quão assustador poderia ter sido para ele. Desceu as escadas para o primeiro andar. Podia ver uma leve luz clara entrar pelas grandes janelas no final do corredor. O dia já amanhecia. Você caminhou devagar, observando todos aqueles corpos que jaziam no chão frio e ensanguentado. Todas aquelas pessoas haviam sido mortas graças à ambição de um psicopata. O que iria fazer depois de tudo isso? Perdido em seus pensamentos, você andou até a recepção do Hospital. Estava pronto para deixar aquele lugar quando sentiu uma dor no peito. Olhou para baixo, espantado. O garotinho tinha cravado um bisturi em seu corpo. O menino saltou do seu colo, removendo sua máscara e revelando um sorriso horripilante. Você caiu de joelhos, não aguentando manter-se em pé e soltou um gemido de dor.

Projeto AmnésiaWhere stories live. Discover now