Antologia de contos

PRESOS NO MERCADO

Um dia, cinco amigas e oito amigos estavam indo ao mercado comprar carne, carvão e bebidas para fazer um churrasco e comemorar o aniversário de Giovana. Até aí tudo bem, mas quando entraram, deram de cara com um homem mascarado e de roupas pretas, como estavam com pressa, pois o mercado iria fechar em 10 minutos, nem ligaram para o rapaz.

Eles demoraram muito para escolher os produtos, quando chegaram ao caixa, perceberam que todo o mercado já havia fechado. De repente, as luzes se apagaram, nenhum deles enxergava nada, só uma luzinha de emergência no fundo do corredor, a maioria dos celulares estava descarregada, ou não tinha flash, só o celular de uma das meninas que estava completamente carregado, o de alguns até davam para aproveitar uns minutinhos, mas nada demais.

Com o desligamento da energia, as portas de entrada e saída, que eram elétricas, travaram. Um dos maiores problemas, em ficar preso ali, é que no dia seguinte começavam férias coletivas dos funcionários do mercado, então o estabelecimento não abriria. A sorte dos jovens, é que lá tinha bastante comida, água e banheiros.

Ao passar das horas, escurecia cada vez mais e ia ficando, muito mais assustador. Vanessa e Giovana decidiram ir ao banheiro, além de buscar água e comida. Sem querer, elas pegaram um dos celulares que estava mais descarregado, por isso só conseguiram chegar ao banheiro, que já não era tão perto.

Vanessa foi usar o sanitário, enquanto isso, a outra garota começou a procurar comida. Quando, por fim, a amiga saiu do banheiro escuro, Giovana já não estava mais do lado de fora, então ela, assustada, gritou:

_Giovana, por favor apareça!

Ela não conseguia enxergar nada, só escutou gritos chamando "Socorro! Me ajude!". Como estava tudo escuro, tentou ir até a luz de emergência. Depois de encontrar a luz, Vanessa conseguiu chegar até os amigos, ela ficou muito feliz, só que a amiga dela não conseguiu chegar e se perdeu no imenso mercado.

Três dos jovens pegaram alguns celulares e foram atrás de Giovana. Depois de muito tempo de procura, uma das amigas viu um vulto preto, na frente de outra luz de emergência do mercado; ela ficou quieta, achando que era coisa da cabeça dela, mesmo vendo aquilo de novo, preferiu ficar calada no canto dela e esperar aquilo sumir.

Infelizmente o vulto não sumiu, mas começou a se aproximar cada vez mais, os amigos ficaram sem reação, de tanto medo que sentiam. Ao olhar melhor, perceberam que o homem estava carregando um machado coberto de sangue, nesse momento dois deles correram para onde estavam os outros, somente um pegou um caminho diferente e se perdeu.

Nesse caminho, Felipe, que havia se perdido, tropeçou em algo no chão, ele não sabia o que era, mas quando foi tocar, percebeu que era sua amiga Giovana toda ensanguentada. O moço começou a gritar, ouvindo os gritos dele, todos chegaram até onde ele estava e se assustaram vendo Giovana jogada, e morta, no chão. Ao ouvir um barulho de ferro sendo arrastado, os amigos se viraram, nesse momento, o homem apareceu ao lado deles, empunhando seu machado.

Luiza e Ronei