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Peter

Sabia que Camila estava sofrendo por conta dos pais

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Sabia que Camila estava sofrendo por conta dos pais. Eles voltaram para Ingleside de última hora, e vão ficar lá de vez. Camila é muito apegada ao pai, deixamos ela ficar sozinha por um tempo, não apareceu no jantar, nem no café da manhã, e assim continuou por dias.

Entendo a pressão que ela está sentindo. Compartilho do mesmo sentimento, não em relação ao reino e sim Camila. Quero ser bom o suficiente para ela, quero que tudo seja perfeito.

─ Você tem certeza que prefere ficar aqui? ─ faço carinho em seus cabelos.

─ Sim, ou você quer que eu vá embora? ─ Camila brinca.

─ Quero ver você feliz. ─ respondo e Camila revira os olhos ─ O que foi? ─ dou uma risada baixa.

─ Você acha que eu não estou feliz? Peter, tem um baile chegando, eu vou comer demais! Você acha mesmo que eu estou triste? ─ jogo a cabeça para trás e solto uma gargalhada.

─ Você não existe, Camila.

─ Bom, eu posso te confirmar que não sou um fantasma.

─ Ah é? ─ encaro Camila. ─ Como?

Camila se senta na cama e se aproxima.

─ Você me desafiou? ─ ela questiona.

─ Ah Camila! Estamos no mesmo quarto, na mesma cama, está tarde e você está de camisola. Pelo amor de Deus, estou sendo desafiando desde que cheguei aqui. ─ bufo.

─ A culpa não é minha... ─ Camila sussurra sobre os meus lábios, sem permitir que eles toquem os meus.

Camila

Peter não fala nada, ele me ergue até que minhas pernas envolvam sua cintura. Em seguida, mergulha o rosto em meu pescoço e distribui beijos de cima a baixo.

─ Peter. ─ chamei sua atenção.

─ Hm.. ─ murmurou gemendo baixo.

─ Peter. ─ chamei um pouco mais firme desta vez e ele pareceu acordar.

Peter levantou a cabeça e encarou meus olhos. Os seus estavam mais escuros do que o normal e a respiração tão descompassada quanto a minha. Devagar ele desceu minha perna de sua cintura e sentou na beirada da cama. Aproveitei para fazer o mesmo enquanto arrumava minha roupa.

Peter fechou os olhos e passou as mãos pelos cabelos. Depois respirou fundo algumas vezes e então me encarou novamente.

─ Desculpe. ─ sussurrou. ─ Acho que passei um pouco do limite.

─ Não é como se eu não tivesse participado disso. ─ brinquei.

─ Com certeza você participou. ─ Peter deu uma risada extremamente sexy.

─ Idiota! ─ murmurei desviando os olhos para a varanda. Já é tarde, provavelmente todos já estão dormindo.

─ Ei estressadinha. ─ brincou me puxando para mais perto, quase sentando em seu colo.

Revirei os olhos e ele deu uma risada, roubando um beijo rápido.

─ Você lembra como veio parar aqui? ─ lembrei. Estávamos conversando fazia horas e nem lembro ao certo o motivo de Peter ter me procurado.

─ Na verdade, eu estava preocupado com você. Faz dias que você não aparece nas refeições e nem sai do quarto. ─ confessou sorrindo e senti meu coração acelerar.

Esse homem conseguia mexer comigo. Em um momento estávamos quase nos entregando ao desejo e agora ele era fofo e me fazia derreter.

É Camila, você está ferrada. Pensei suspirando baixo.

─ Um beijo. ─ falou de repente.

─ Como? ─ franzi a testa em confusão.

─ Um beijo pelos seus pensamentos. ─ explicou sorrindo.

─ Desculpe, mas esses não estão à venda. ─ neguei dando de ombros.

─ E minha curiosidade, como fica? ─ Peter fingiu estar bravo.

─Fica aí... Com você. ─ sorri docemente.

─ Malvada! ─ acusou me puxando até que eu estivesse sentada em seu colo, com uma perna de cada lado.

─ Calunia. ─ desdenhei já sentindo minha boca formigar em antecipação.

Uma de suas mãos segurou minha nuca enquanto nossos lábios se encontravam. Peter não é a primeira pessoa que já beijei, claro que já tive uns paqueras.

─ Ok! Acho melhor eu ir. ─ avisou assim que as coisas começaram a se animar novamente.

Assenti concordando enquanto respirava fundo tentando normalizar minha respiração. Ele levantou e me colocou sentada no meio da cama. Beijou minha testa e em seguida a ponta do nariz.

─ Até amanhã. ─ me despedi.

─ Até amanhã, princesa. ─ sorriu e eu acompanhei com os olhos Peter saindo do quarto.

Joguei meu corpo para trás deitando de costas. O que tinha sido essa noite? Minha vida estava tão agitada que poderia escrever uma história. Provavelmente ninguém iria ler.

Long LiveWhere stories live. Discover now