Sós - Luís Delfino

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Deixemos pó, rumor, luxo às [cidades:
Ninguem saiba onde eu [moro, onde tu moras:
No campo, longe, unindo as [nossas horas,
Unam-se as nossas duas [mocidades.

Nossa paixão tem loucas [ebriedades,
Cantos, que em si contêm [nascer de auroras,
Que em si ruflam canções de [asas sonoras
E idílios cheios de [imortalidades.

O nosso amor é [simplesmente humano:
Dura um instante, ou dois, [um dia, um ano:
Pode ainda durar a vida [inteira...

De nossa alma amorosa [essência pura,
Quem sabe o tempo que uma [essencia dura
E o tempo que inda o frasco [exausto cheira?...

Belos Poemas.  Coletânea Onde as histórias ganham vida. Descobre agora