Da vez primeira em que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois, de cada vez que me mataram
Foram levando qualquer coisa minha...E hoje, dos meus cadáveres, eu sou
O mais desnudo, o que nao tem mais nada...
Arde um toco de vela, amarelada...
Como o único bem que me ficou!Vinde, corvos, chacais, ladroes da estrada!
Ah! desta mão, avaramente adunca,
Ninguém há de arrancar-me a luz sagrada!Aves da Noite! Asas do Horror! Voejai!
Que a luz, trêmula e triste como um ai,
A luz do morto não se apaga nunca!**
In: A rua dos Cataventos (1840)
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Belos Poemas. Coletânea
PoetryAqui encontra-se alguns poemas lido e escolhidos por mim. * Poemas essenciais: brasileiros e estrangeiros.