Capítulo 10

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Já faz quatro dias que eu estou hospedada na casa do policial Frank, ele definitivamente desapareceu da minha vista, toda vez que acordo, por volta das sete da manhã, ele já não está mais, sempre vejo o café pronto encima da bancada, a todo moment...

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Já faz quatro dias que eu estou hospedada na casa do policial Frank, ele definitivamente desapareceu da minha vista, toda vez que acordo, por volta das sete da manhã, ele já não está mais, sempre vejo o café pronto encima da bancada, a todo momento acompanhado também de pão ou bolo; acho que ele sai para comprar antes de ir trabalhar.

Eu fico dentro do apartamento o dia inteiro, por duas vezes eu fui até o térreo novamente na intenção de encontrar Felipe e a sua sobrinha bonitinha que me encantou, mas todas em vão, não os vi mais. Durante o dia eu leio bastante, Ludmila colocou três livros dentro da mochila para mim, todos em inglês para que eu me aperfeiçoe mais e também cresça no conhecimento sobre as coisas, um deles é o dicionário e eu não sei porquê, mas gosto de ler ele, saber se estou falando as palavras de forma correta.

Quando Frank chega a noite, ele trás comida de algum lugar, com duas batidas na porta do quarto e sua voz dizendo sempre a mesma coisa: "Trouxe comida", ele se comunica comigo. Já procurei coisas para fazer aqui, mas parece que ele não faz compras ou está desanimado para fazer isso, então tudo que eu como é o que ele trás para mim, eu não me importo muito, sempre fui acostumada a comer em pequenas porções quando na Grécia as mulheres não podem ser acima do peso. Eu amo meu país, mas por diversas vezes eu também discordo de muitos aspectos, enfim.

De certa forma, a indiferença dele me fere, me magoa e me deixa estranhemente triste e abandonada, não sei o motivo disso e não pretendo descobrir, mas é que quando olho para ele, sinto-me protegida, gosto quando ele está, mesmo não estando perto de mim, apenas no quarto ao lado, já é o suficiente para que eu me sinta segura e quando ele age tão frio comigo, eu não sei o que pensar, parece que dói lá no fundo.

A verdade é que quando ouço sua voz ou sei que ele já chegou, meu coração se aquece de um jeito bom, pode ser gratidão por ele estar querendo me ajudar e a vontade de retribuir isso só aumenta, mas de que forma? Se ele não me deixa tocar em nada de sua casa. Certa vez eu o vi sem camisa, foi sem querer mesmo e... Céus! Eu pedi perdão a Deus por tudo que senti naquele momento, isso foi no segundo dia e até agora não consigo esquecer a sensação estranhamente boa que se instalou dentro do meu ventre, a ponto de fazer meu rosto enrubescer.

Estou na sala de estar, olho para o aparelho preto debaixo da televisão e constato que são quase nove horas da noite, geralmente, nesse horário eu já estou no quarto pronta para dormir, mas hoje não estou com sono, também estou um pouco preocupada com a demora do Frank, visto que ele sempre chega por volta das oito, exceto um dia que eu não sei nem se ele veio para casa, embora ele tenha deixado o café pronto no dia seguinte.

Encontro o controle remoto e ligo a televisão grande, começo a procurar por alguns canais que estejam passando alguma coisa interessante, de repente paro quando vejo cenas de lobisomens e vampiros, estranhemente eu gosto disso e então começo a assistir. É um seriado chamado True Blood, o qual envolve o sobrenatural e uma pitada de humor, hora sinto medo, hora estou dando gargalhadas e também admirando a beleza de alguns personagens.

Um Segundo Para Se Apaixonar © [COMPLETO]Where stories live. Discover now