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Quando abriu os olhos, Brigitte reconheceu o quarto familiar onde esteve hospedada nos últimos dias, porém, um cheiro masculino invadiu os seus sentidos, lembrando a ela que não estava sozinha e ao se dar conta de que tinha adormecido em seu colo e passado a noite novamente, no mesmo quarto que ele, sentiu um estranho arrepio percorrer o seu corpo. Aquela estava sendo uma experiência estranhamente adorável para Brie. Estar com ele sob o clima adorável da Toscana era em todos os aspectos maravilhoso.

Quando levantou os olhos ela o vislumbrou na mesa da varanda, seu cabelo úmido indicava um banho recente, o que também indicava o seu cheiro, que a despertou para aquele novo dia, que quem sabe, poderia ser um recomeço.

– bom dia.– ela disse, chamando a sua atenção.– parece que acordou bem cedo, dormiu bem?

– claro.– mentiu Fabrizio, depois de haver se revirado a noite inteira no sofá, até se levantar e tomar uma ducha fria, tentando discipar da mente, as imagens indecentes que sonhou, nos poucos instantes em que conseguiu dormir.– tomei a liberdade de pedir o nosso café da manhã.

– que delícia, então vou aproveitar, enquanto não chega, e também vou tomar um banho quente. Também quero ficar cheirosa assim.

O dia estava um pouco frio, era geralmente assim no início da manhã, ainda assim ele tinha optado pelo banho frio. Imagina-la agora, debaixo do mesmo chuveiro, com a água morna escorrendo pelo seu corpo tentador, quase o fazia desejar mergulhar em uma piscina de gelo. Não sabia o que estava acontecendo entre eles, mas, precisava controlar aquele instinto que o impulsionava na direção dela.

Brigitte, por sua vez, também sentiu uma onda inexplicável de calor, ao notar o olhar feroz que tomou conta de Fabrizio quando ela mencionou o banho.

Teria sido apenas uma impressão sua?

Sem querer se iludir e piorar os sentimentos que já bagunçavam o seu interior, ela levantou rapidamente e entrou no banheiro sem dizer mais nada. Quando terminou, o desjejum já havia chegado e ambos comeram sem deixar de conversar e planejar, tudo o que ainda teriam pra fazer na cidade.

Após embalar todas as coisas de Brigitte, um funcionário chegou com um carregador de bagagens e transportou tudo até o estacionamento, ela encerrou a sua conta no hotel e em seguida devolveram a locadora o luxuoso carro de Brie, trocando o conversível por um suv, mais robusto e adequado. Nele, os dois retornaram para zona rural de cortona.

Na noite anterior, após conversar com Brie, Fabrizio havia feito uma ligação e pedido a sua mãe que organizasse o pequeno chalé, para que a jovem se sentisse mais a vontade por lá.

Ao chegarem na fazenda, ele apresentou o pequeno chalé para Brigitte. O mesmo era todo de pedra, como a maioria das construções antigas por ali e uma vegetação verde subia pelas paredes do lado de fora, a porta com um arco redondo antigo, combinava com as diversas janelas no mesmo estilo, que iluminavam o local.

Após lhe apresentar o lugar, o fazendeiro teve que recompensar a sua ausência do serviço e se afastar um pouco dela pra resolver algumas questões a respeito da administração e do cuidado com a colheita, enquanto isso, Brie ficou sozinha em seu chalé, organizando os seus pertences na mobília modesta e rústica do lugar, tudo estava extremamente limpo e cheiroso.

Nunca em sua vida, ela havia pensado em se hospedar em um lugar tão simples quanto aquele, sempre que viajava pagava os melhores hotéis, porém, estava estranhamente se sentindo muito melhor agora, como se ali se sentisse um pouco mais aquecida.

Na hora do almoço, ela  caminhou até a fazenda e fez a refeição com os santori, infelizmente Fabrizio também não pôde comparecer. Depois da folga que tiraram juntos o trabalho tinha acumulado e ele estava colocando em dias, para não sobrecarregar ou preocupar o pai.

Salva Pelo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora